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Honda Civic Si: o pulso é firme

Esportivo além de lindo, é mais do que disposto. O carro exala dinanismo, ao passo que esbanja segurança


postado em 15/08/2018 16:36

(foto: Thainá Nogueira / DP)
(foto: Thainá Nogueira / DP)
 

 

Carro cupê, importado, com 208 cavalos e design de sporting racing. Dá para pensar que estamos falando de marcas premium ou pouco popular no Brasil, certo? Mas trata-se na nova geração do Si. Presente desde 2006 no mercado automotivo, o esportivo esbanja performance. No entanto, para a linha 2018 do carro, a Honda fez um mix entre design, conforto e potência que deve deixar a concorrência um tanto quanto preocupada com a disputa pelo público.

É bom demais acelerar o Civic Si. Amor pelos esportivos a parte da repórter que os escreve, mas o motor 1.5 turbo e a caixa de marcha de seis velocidades - a qual conta com trocas justas, precisas e curtas - deixa qualquer motorista minimamente satisfeito. Não tem o que achar ruim das arrancadas e retomadas do veículo. O motor é o mesmo usado na versão Touring, mas no Si, ele rende 208 cavalos e 26,5 kgfm de torque. O Civic Touring, para comparação, rende 173 cv e 22,4 kgfm, respectivamente. E o visual estimula. É que a carroceria cupê, o aerofólio traseiro, para-choques e grade exclusivos e as rodas de 18 polegadas são exclusividades do Si compõem o belo visual do carro.

O carro não é a preferência para uma família grande. Até porque a sua proposta é de performance. No entanto, quatro pessoas conseguem ser transportadas sem demais delongas. Por falar na proposta, assim como todo esportivo, o Si dispensa mimos e confortos que podem ser vias de regra para alguns. É que o ajuste dos bancos acontecem de forma manual e só existem duas entradas USB dentro do veículo.  Mas isso não é de todo um ponto baixo do carro. Até porque, até muito pouco tempo superesportivos da Ferrari, por exemplo, tinham ajustes do vidro com manivela.

 

(foto: Thainá Nogueira / DP)
(foto: Thainá Nogueira / DP)
 

 

Mas o conforto não é atingido pela falta dos itens que deixam o carro com uma pose de “raiz”. Os bancos do cupê abraçam os ocupantes. A posição de dirigir é boa. Além disso, o motorista se sente seguro. O carro conta com aerofólios que permite a entrada de ar de maneira sutil. Você não sente desconfortos com curvas e alta velocidade. A tração é apenas dianteira, mas possui diferencial de escorregamento limitado (LSD) de série para ajudar no contorno de curvas.

Ainda dentro do carro, existe uma personalização para diferenciar o Si da 10ª geração comum. Começa pelos pedais e a manopla do câmbio, que são em alumínio, o volante, que é revestido, os bancos que têm uma costura que remete a versão e o painel digital do carro trás informações para o motorista que não se vê em qualquer Civic. Por exemplo, pode mostrar aceleração, pressão da turbina, pressão no acelerador e pressão no freio.       

 

(foto: Thainá Nogueira / DP)
(foto: Thainá Nogueira / DP)
 

 

Nas medidas, o Civic Si cupê tem 4,52 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,42 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. O bagageiro comporta até 334 litros de bagagens e o carro, em ordem de marcha, tem peso declarado de 1.321 kg.

O preço do carro pode parecer exagerado. A Honda emplacou em R$ 162.900 em única versão e com câmbio manual. No entanto, depois de fazer um test drive e sentir toda a proposta da versão não existe outra opinião: o cupê foi feito para quem gosta de carro e de dirigir. O câmbio manual é a peça chave desse cenário. Ele dispensa predicados. Tem um engate que pouco se vê nos veículos do segmento, com tocadas fortes, firmes e precisas. Apenas 60 unidades virão do Canadá para o Brasil até o fim do ano. Dessas, 25 já estão vendidas. Isso mostra que ainda há quem compre a ideia de priorizar o prazer de dirigir esportivos, que são divertidos e revelam a essência da direção automotiva. A bordo do carro, é só prazer entregado aos montes.

 

 

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