Camboriú (SC) - Sabia que depois de desembarcar no aeroporto da pequena Navegantes, também vizinha da portuária Itajaí, o reencontro com o XC40 novamente me surpreenderia. O Volvo repete a receita da família dos SUVs XC60 e XC90. Na estrada é impecável, suave e bravo enquanto na cidade promete ser um desfile de estilo. Modelo chega para aumentar em 50% a participação da marca no mercado premium e no detalhe: é sensacional na versão R-Design no 2.0 de 252 cv.
Dirigir o novo Volvo já tinha sido uma descoberta agradável na Espanha. O SUV praticamente completo com 2,70 m de entreeixos (10 cm maior que um Q3) tem motorização justa. Na versão 2.0 T4 turbo de 190 cv e 300 Nm de torque as apostas são a partir de R$ 169,9 mil e, no topo da gama, T5 R-Design, o conjunto mecânico dois litros gera 252 cv e 350 Nm de força com a tração AWD e custará R$ 214,9 mil. O câmbio de 8 velocidades bem justo e a direção multifuncional é elétrica. No Momentum, modelo de concentração do esforço comercial, 194,9 mil.
A plataforma CMA permite as dimensões de 4,42 metros de tamanho. O BMW X1 é 1 cm maior na categoria. O porta-malas de 460 litros achei suficiente. O sistema de som traz a assinatura de 12 falantes da Harman Kardon e nesse ponto o show tá garantido. Agora você tem que pagar por isso porque p dono do T4 vai ficar a ver navios nesse sentido. Só na R-Design de teto preto.
O lançamento é jovem, adota todos os gêneros e tem cara de carro ainda mais forte. João Oliveira, diretor comercial da Volvo, reforçou de novo que o veículo complementa a gama de SUVs e a meta será a liderança dessa faixa premium. E a marca sueca tem atributos de sobra para isso.
O 40 da Volvo parece imprimir sensibilidade ao volante que certamente vai cativá-lo com uma rodada suave, mesmo no aro 20 da R-Design, de suspensão McPherson na frente e multi link na traseira. O modelo de entrada a opção das 18 polegadas. Na Momentum, rodas 19 e a maior atração visual que é a Amazon Blue. Publiquei a cor em meu Instagram e os comentários foram ousados.
Na arquitetura frontal, os faróis são direcionais e em LED assim como as lanternas símbolo do desenho sueco. A tecnologia ótica é referência da Volvo que entende o quesito como questão de segurança. A silhueta remete à identidade do fabricante. Curiosidade: o friso que corta em diagonal a grade dianteira aponta para o guia de abertura do capô.
Por dentro, puro luxo com painel que recebe alumínio e no centro uma tela inteligente de 9 polegadas com Android Auto e CarPlay sensível ao toque. São oito botões de comando em uma simplicidade intuitiva para tudo. O quadro de instrumentos com 12,3 polegadas é funcional, virtual e a cabine ainda pode ser decorada com um pano diferenciado de lateral, porta e assoalho.
A Volvo criou um sistema que retirou os alto falantes das portas e manteve a acústica para o som. Ops! A gavetinha do banco do condutor e os porta-objetos são legais. Versáteis. Detalhe: na Europa os pais podem fixar a cadeirinha na frente e no carro existe pré-disposição para isso com os ganchos.
O porta-malas pode ser aberto pelo jogo da perna embaixo do para-choque. Só no top, claro. No modelo mais em conta não está disponível.
O pacote de segurança inclui o Volvo on Call com rastreamento do veículo em 100% dos carros nos dois primeiros anos gratuito e depois pouco mais de R$ 800 por 12 meses. São seis bolsas de ar de série. E a parte divertida é a City Safety que freia automaticamente se você vacilar no trânsito e o Lane Keeping Aid que faz a leitura da faixa assim como o Oncoming lane para trazer você de volta ao “rumo” da pista. O ACC também está lá para trazer a questão da direção semi autônoma. E por fim, não esqueça de customizar o teto. Esse azul Amazon com cobertura branca seria o meu recomendado ou o branco e o prata com teto preto. A Volvo também estabeleceu em R$ 850 as revisões fixas. Isso foi um barato assim como o plano de garantia estendida e o seguro do automóvel na casa dos R$ 3000.
Testamos o carro primeiro, lá em Barcelona. Confere mais detalhes no vídeo
O editor viajou a convite da Volvo