A presidente do moto clube conta que encontrou dificuldades e preconceito no começo. “A maioria dos homens acham que mulheres não têm capacidade de pilotar uma moto, mas na verdade em certos momentos somos melhores e mais cuidadosas que eles”, relata.
Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o Brasil possui mais de 60 milhões de habilitados, sendo quase 20 milhões do sexo feminino, onde 71% dos acidentes são provocados pelos homens e apenas 11% pelas mulheres, sem contar que 70% das multas são para os motoristas do sexo masculino.
Atualmente, Lane relata que vem sendo mais respeitada no mundo das duas rodas e conta que o amor pelas motos aumenta a cada dia. Em 2004 ela enfrentou sua primeira corrida que, na época, havia apenas a categoria masculina e em 2014 ajudou a criar a categoria para mulheres no motocross. Devido a rotina apertada, Lane deu uma pausa recente, pois o esporte necessita de treino e dedicação. “Iniciei por conta do meu ex-marido em 2004. Ele me incentivou a participar das trilhas e motocross porque eu sempre criticava quando ele chegava muito sujo em casa após as trilhas, então ele me convidou pra ir junto” relata. A primeira moto da competição de Lane foi uma Yamaha DT 180, que na época estava no auge das motocicletas.
Em 2010 foi fundado o moto clube Mulheres do Asfalto, localizado em Ouro Preto - Olinda, por Waldete Menezes que, atualmente, não pode mais pilotar devido a um acidente, mas acompanha o grupo de carro ou triciclo com seu marido. Hoje o moto clube é presidido por Lane e sua vice Aryanne Ayres e possui 22 participantes.
Interessadas em participar do moto clube Mulheres no Asfalto podem entrar em contato através do instagram @mulheresnoasfalto ou pela página no facebook Mulheres no Asfalto Moto Clube Olinda. O grupo possui uma reunião mensal de articulação de viagens e eventos a serem realizados e frequentado.
A presidente do moto clube garante que a união entre o grupo transformou seu olhar por pilotar e já está garantindo a passagem da sua paixão por motos de geração em geração, tendo sua filha, há três anos, habilitada para pilotar e seu filho engajado em competições de motocross, velocross e trilhas.