Estado de Minas REUTILIZAÇÃO

Carros antigos estão cada vez mais sendo utilizados para decorações

Estabelecimentos comerciais apostam na decoração com peças e artigos referentes a automóveis. Algumas lojas até exibem carros antigos


postado em 06/07/2017 12:52 / atualizado em 06/07/2017 13:27

Marcos Araújo é proprietário do bar Garage M Power e decorou o estabelecimento com, entre outras coisas, peças de uma Kombi 1986(foto: Thalyta Tavares / ESP DP)
Marcos Araújo é proprietário do bar Garage M Power e decorou o estabelecimento com, entre outras coisas, peças de uma Kombi 1986 (foto: Thalyta Tavares / ESP DP)


A decoração automotiva é uma tendência que está tomando o espaço de bares, lojas e barbearias. Essa aposta já é uma prática fora do Brasil. O restaurante e bar temático Car Show Parrilla, localizado na Colômbia, utiliza a traseira e os bancos de veículos como assento para os clientes, além de pneus como mesa. No Recife a criatividade chama atenção de quem frequenta lugares como esses.


 Eduardo Góes, 39, é um colecionador de peças de carros. Com o objetivo de unir sua paixão por automóveis, músicas atuais e gastronomia, Eduardo investiu no lava-jato e na lanchonete que possuía há anos e fundou  o Autobar, localizado no bairro de Santana, região Norte do Recife. “Eu tinha o lava jato e a lanchonete há 15 anos, mas não dava certo. Então chamei um amigo que tinha esperteza na cozinha e criamos o bar, mas mantive o lava-jato”, conta. Na parede, placas e calotas de carros clássicos antigos. Jogos de rodas se transformaram em mesas, o lavabo foi feito de jantes e alguns espelhos feitos de retrovisores de caminhão. “Algumas peças eu já tinha, porque desde criança sou apaixonado por carros, mas outras eu comprei em ferros-velhos”, afirma Eduardo, que teve inspiração em bares dos Estados Unidos.

 

Antes o espaço era uma loja de automodelismo (foto: Thalyta Tavares / ESP DP)
Antes o espaço era uma loja de automodelismo (foto: Thalyta Tavares / ESP DP)
 


No Autobar, até os garçons levam nomes de carros. “Quando os clientes querem fazer pedidos, eles chamam por Kadet, Jaguar, BMW, Fusca, Mustang, entre outros. É legal porque nós nos identificamos com essas marcas”, conta o garçom David Bento.


O Garage M Power, localizado em Boa Viagem, é outro exemplo de amor do proprietário Marcos Araújo pelo mundo automotivo. “Antes usava esse espaço como uma loja de automodelismo e tinha competição de carros de controle remoto, mas as vendas diminuíram muito. Daí, tive a ideia de fazer um bar”, conta. Os quadros de carros decoram as paredes e uma grade amarela de uma Kombi 1986 é usada como balcão, mas o Garage vai além do tema “veículos”. Jogos de tabuleiros e video games antigos ainda são oferecidos na casa.

 

Eduardo Goes tinha o lava-jato e a lanchonete há 15 anos, mas não dava certo. Então chamou um amigo e criou o Autobar(foto: Thalyta Tavares / ESP DP)
Eduardo Goes tinha o lava-jato e a lanchonete há 15 anos, mas não dava certo. Então chamou um amigo e criou o Autobar (foto: Thalyta Tavares / ESP DP)
 


Para ter um visual automotivo no estabelecimento comercial não é necessário um alto investimento. Reutilizar peças é a ideia central do negócio. A arquiteta Lígia Prato dá algumas dicas. “Uma boa opção é utilizar itens de carros que não servem mais e aí já dá para fazer uma boa mobília”, conta. As músicas e o público também fazem parte do planejamento.


ALÉM DOS BARES
Se o local agrada os olhares de quem é apaixonado por veículos, a aposta na decoração é certa. Esse foi o pensamento de Danillo Kaell, 30 anos, um dos donos da Auto Barbearia, localizada em Boa Viagem. “Como o nosso público é masculino, aproveitamos para investir na decoração de veículos”, comenta. A ousadia também conta bastante na hora de chamar atenção. Exemplo disso é a loja de vestuário estilo praia Rota do Mar, em Santa Cruz do Capibaribe, que exibe uma Kombi 1974 e uma Toyota rural 1979 dentro do estabelecimento. “O dono sempre viaja para lugares havaianos com prática de surf, então ele via esses veículos como referência”, afirma o gerente de marketing Lucas Galindo. A escolha atraiu a clientela. “As pessoas acham interessante e interagem tirando fotos”, afirma.

 

 

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