A estudante Ana Bárbara Moura foi pega de surpresa quando precisou enfrentar uma rua alagada em um dos dias de chuva intensa no Recife. A consequência foi a entrada de água no jogo de marchas e no cano de escape do seu veículo. “Tive que desembolsar cerca de R$ 1 mil para realizar o conserto do carro. Não contava com esse gasto”, comenta. Para enfrentar as situações de alagamento e minimizar os prejuízos, o engenheiro mecânico
Tomás Santos conta que algumas atitudes prévias podem ser feitas. “É importante estar em dia com a troca do óleo do motor, além de limpar a parte externa do radiador, verificar o filtro de ar, checar se há água nos faróis e limpar o sistema de freios”, afirma. O engenheiro recomenda que, para evitar maiores danos, o ideal também é evitar a troca de marchas quando o veículo estiver passando por um alagamento e, no caso da aquaplanagem, o condutor não deve acelerar ou frear o carro, apenas manter a velocidade do veículo até sair do perímetro da água.
Além dos procedimentos mecânicos prévios e durante os alagamentos, também é importante lembrar da parte interna dos veículos depois da chuva. “A higienização do carro é fundamental. Lavar os bancos, carpetes e todas as partes que têm alguma forração dentro do veículo e que foram molhadas indevidamente é importante para evitar o mau cheiro e posteriores desconfortos”, completa.
A “desintoxicação” do automóvel também acontece na pintura. Com a frequência do contato com a água, a cor do carro pode ficar opaca e cheia de manchas. Com um preço mais acessível e um resultado satisfatório, é possível tirar os riscos superficiais, eliminar as impurezas e remover o que houver de imperfeições. São os conhecidos polimentos. A qualidade desse serviço dependerá do material a ser utilizado. Existem ceras e politrizes de vários tipos e preços. Na Car Coating, loja especializada, o serviço parte dos R$ 300. Os cuidados com o carro garantem, além de longa vida, um bom negócio na hora da revenda. O diretor da JBS Veículos, Solon Filho, é taxativo quanto a importância de manter o veículo em ordem. “Carro depreciado não tem vez no mercado”.