Atire a primeira pedra aquele que nunca passou por uma lombada com o carro de lado para não “prejudicar a carroceria”? Se não estava dirigindo, com certeza deve ter presenciado esse hábito de alguns motoristas para proteger os amortecedores. Princialmente quando os carros são bem rebaixados. Pois abra os olhos, a prática não é recomendada por especialistas. “O ideal é sempre a passagem de frente para evitar torções e trincas na carroceria numa possível passagem na diagonal”, alerta o chefe da oficina Disnove, Genildo Justino.
Uma  das principais fabricantes de amortecedores do mundo, a Monroe, reforça o  coro e afirma que, além das torções, a travessia na lateral provoca  folgas excessivas, ruídos, entre outros danos. Vale ressaltar que os  amortecedores não duram apenas 40 mil quilômetros. “A troca (dos  amortecedores) não tem uma data certa para acontecer, mas acima dos 60  mil quilômetros já é recomendável para evitar danos”, indica Genildo.  Tudo vai depender do tipo de terreno que o condutor costuma rodar. Só  uma dica: os amortecedores devem ser trocados sempre em pares, mesmo que  só um esteja com defeito.

Principal redutora de velocidade, a  lombada pode ser a inimiga número um do cárter do motor, o reservatório  de óleo da parte de baixo do motor. Trincas podem causar vazamento do  lubrificante e até fundir o motor. Veículos com altura padrão, sem  rebaixamento, dificilmente terão problemas, pois o Contran estabelece  dois padrões de máximas: 8 cm e 10 cm. Caso seja rebaixado, o carro terá  problemas em raspar na frente ou em torcer na lateral. 
Anote as dicas: 
1. Primeiramente, diminua ao 
máximo a velocidade ao 
visualizar qualquer obstáculo 
capaz de causar trepidação. 
2. Se a lombada for gigante, 
reduza a velocidade a 
praticamente zero e 
ultrapasse em primeira 
marcha.
3. Em seguida, atravesse o
carro em linha reta, com as 
duas rodas dianteiras ao 
mesmo tempo. 
4. Fique de olho na sinalização 
de trânsito para não ser 
tomado de surpresa com 
quebra-molas e buracos. 
5. Passar o carro de lado pode 
provocar rompimento de 
pontos de solda, reduzindo a 
vida útil do carro. 
6. Nada de ponto morto. A 
prática prejudica a 
estabilidade e reduz o 
controle na retomada da 
aceleração. 
7. Cuidado com a perda do 
alinhamento 
















