Motocicleta é igual a bicicleta em alguns aspectos: mais cedo ou mais tarde o condutor deve cair. Pilotar requer agilidade e praticidade. Sem falar naqueles que gostam de acelerar com mais adrenalina. Mas, muitas vezes a aventura está repleta de riscos. Como possui uma exposição maior do corpo, as possibilidades de acontecer um trauma é maior.
Mesmo com experiência, os motociclistas estão sujeitos a pancada nos pés e pernas, partes mais expostas do corpo. Até mesmo estacionar ou se posicionar sobre o banco para se colocar a moto em marcha, pode fazer o piloto sofrer hematomas. Sem falar nas colisões, os piores pesadelos dos amantes das duas rodas. Por isso a importância em investir em equipamentos de segurança deve ficar como prioridade na vida de um piloto. Mas infelizmente ainda é comum cruzar com motociclistas que não utilizam o mínimo de proteção. O que muitos não sabem é que não é necessário gastar rios de dinheiro para se equipar de maneira correta.
Confira algumas dicas para sair bem na foto… e na moto!
O PRINCIPAL
Capacete é obrigatório, mas não é para ser utilizado de qualquer jeito. Viseira aberta é legal para mostrar o rosto e tomar um vento quando estiver parado. Mas caso acelere, em uma queda mais grave, os protetores que possuem a frente aberta conseguem proteger a nuca, mas não conseguem impedir que o rosto fique prensado no asfalto – ou meio-fio – que pode causar consequências mais sérias. O supervisor do Centro Educacional de Trânsito da Honda, Marcelo Torres, explica a importância de escolher o capacete certo. “Existem alguns tipos de capacete. Para àqueles que viajam muito é importante um modelo fechado, com mais proteção. Para dentro da cidade pode ser um aberto, aquele que não possui proteção no queijo mas não dispensa a viseira”, explica. Por isso é importante saber a finalidade do motociclista. Os valores de um capacete resistente varia entre R$ 150 até R$ 3 mil.
CAPACETE
Após escolher um modelo seguro é importante certificar se ele se encaixa bem na cabeça. Capacetes folgados podem sair voando em uma colisão. “Cada pessoa tem um tamanho diferente, por isso é importante experimentar. Também é preciso se certificar se a cinta jugular está bem presa”, esclarece Marcelo. Priorizar àqueles modelos que possuem uma viseira ampla, que proporcione uma boa área de visão lateral deve ser levado em conta. O Supervisor do CT da Honda explica o que acontece com o capacete no momento da batida. “O protetor é composto externamente por uma fibra que pode ser de carbono ou de vidro, depois vem a camada de isopor e o conforto, que é a parte acolchoada Quando acontece o acidente, o impacto é dissipado no capacete inteiro e não chega a cabeça”, conclui.
CALÇADO
Por conta da maior exposição do corpo em cima de uma moto, é preciso ficar atento a todas as partes do corpo, incluindo os nossos pés, muitas vezes utilizado como o “freio” quando está parando a moto. Mesmo sabendo da importância da proteção das extremidades ainda é comum ver motociclistas pilotando com sandálias abertas ou até mesmo descalços. “Em caso de uma derrapagem, o primeiro instinto é colocar o pé no chão, caso ele não esteja protegido os danos podem ser maiores”, explica Marcelo. A indicação é utilizar sapatos fechados ou aqueles que são presos ao pé, no mínimo um tênis mais forte ou uma bota reforçada na parte superior são ideais para manter a segurança sob as duas rodas. Sempre dê preferência aos modelos sem cadarço que não correm o risco de enroscar na corrente e causar um grande acidente.
VESTIMENTAS
Se no caso do carro existe proteção de todos os lados, na moto o corpo vira carroceria. Como ainda não existe uma armadura para pilotar, o ideal é utilizar vestimentas que cubram braços e pernas. Elas não podem evitar uma fratura mais grave, mas aliviam o impacto do solo.
LUVAS
Sempre que você caí, qual a primeira parte do corpo que reage? Se no caso de uma derrapagem são os pés que sofrem, em uma eventual queda são as mãos que amparam o corpo. Por isso o uso das luvas é essencial para todo motociclista.