Cidade, campo ou praia? Asfalto, pedra ou areia? Qual o seu terreno? Gosta de todos? Então você precisa ter na garagem um utilitário esportivo, mundialmente conhecido como SUV. Vamos apresentar hoje a você um exemplar que pode não ser muito visto nas ruas do Brasil (principalmente por conta de seu preço), mas que representa muito bem esse tipo de automóvel que caiu nas graças dos consumidores justamente pela versatilidade: é confortável e dinâmico na cidade (além de lindo) e encara sem temor qualquer tipo de desafio. O Audi Q5 passou recentemente por um “banho de loja” com a chegada da segunda geração, que passa a ser produzido no México, de onde é importado para a América Latina.
Escalado pela Audi na posição de meio de campo entre o Q3 (entrada) e o Q7 (topo de gama), o Q5 ganhou mais requinte e se aproxima mais de seu irmão maior. O mexicano de DNA alemão encanta, mas cobra caro pelo amor.
Um visual mais agressivo e menos “família”
Comm as mudanças promovidas pela Audi na segunda geração, o Q5 ganhou linhas mais agressivas com a enorme grade hexagonal e faróis full LED mais finos, que lembram os do irmão Q7. Com isso, o Q5 perdeu um pouco de seu jeitão de utilitário familiar. As belas rodas esportivas de 20 polegadas reforçam essa caraterística mais jovial que os alemães buscaram.
O desempenho do Q5 segue a mesma linha do seu novo desenho. Pode parecer comportado por alguns ângulos, mas é pura “maldade” quando você provoca o pedal direito - principalmente se o modo esportivo estiver ativado.
O utilitário da Audi tem cinco modos de condução que variam entre o conforto, eficiência, esportividade e fora de estrada. Há ainda um modo individual no qual você pode deixar a condução com o seu perfil.
Precisão alemã
O motor 2.0 turbo de 257 cv de potência 37,7 kgfm de torque trabalha sem esforço com o câmbio automatizado de dupla embreagem e 7 marchas. Tanto que os mais de 1.700 quilos do utilitário não são sentidos pelo conjunto mecânico. Trabalho de excelência também para a suspensão multilink, que filtra com precisão alemã todas as imperfeições não só do asfalto, mas como também da areia ou de terrenos mais irregulares.
Interior do Audi é arrebatador
Odesenho do Q5 não é unanimidade. Não que alguém abra a boca para dizer que o modelo é feio. É que, mesmo com as mudanças feitas pela Audi, teve gente dizendo que acha o utilitário alemão ainda pouco agressivo, principalmente quando o comparavam com os concorrentes da Lexus, Range Rover ou BMW.
Mas, qualquer dúvida a respeito da beleza do Q5 fica do lado de fora. Ao entrar na cabine, a admiração é inevitável. O que dizer do painel de instrumentos 100% digital com uma tela de 12,3 polegadas que reproduz até o azul do mar para dentro do carro? (veja foto no canto superior direito da página).
E não para por aí. Nessa versão que testamos, a topo de linha Ambition e que custa quase R$ 292.990, tem ainda ar-condicionado digital de três zonas, ou seja: motorista, passageiro da frente e passageiros de trás podem escolher temperaturas diferentes na cabine. Outro item que impressiona é o grande teto solar panorâmico que abre quase que por completo com apenas um toque, ampliando ainda mais as dimensões internas do utilitário.
A tela de multimídia peca em não ser sensível ao toque, mas você não sentirá muita falta disso, pois o sistema de controle é bem prático e intuitivo. As funções do multimídia são diversas, que passam pelo sistema de som impecável e navegador GPS que lembra uma tela de um videogame. Outros mimos são puro luxo, como os comandos elétricos dos bancos da frente com memória e a abertura e fechamento do porta-malas por controle remoto.
Eficiência
Rodamos cerca de 200 km com o novo Q5 na estrada e na cidade. O consumo de combustível (bebe apenas gasolina) marcado pelo computador de bordo ficou sempre na casa dos 10 km/l. Mesmo que as idas ao posto de gasolina não sejam uma preocupação para quem compra um carro na casa dos R$ 300 mil, é bom saber que com o Q5 você não terá um utilitário beberrão na garagem. Claro que esse número de consumo foi conseguido porque dirigimos mais nos modos “conforto” e “eficiente”. Se tivéssemos deixado o modo “sport” ativado o tempo todo, o generoso tanque de 70 litros cheio de gasolina não teria sido suficiente para os cinco dias de test drive.
Detalhes que fazem diferença
O novo Q5 concorre diretamente com Volvo XC60, Mercedes GLC e BMW X3. Na versão topo de linha, figura entre os mais caros da turma, mas não fica atrás em tecnologia, desempenho e espaço interno. O consumidor desse segmento (nessa faixa de preço) tem boas opções e deve apostar no test drive antes da compra. Detalhes como as telas que compõem o sistema de instrumentos e multimídia do Q5, podem fazer a diferença na hora da escolha.
Se você curte um bom som, o 3D Bang & Olufsen, que é oferecido como opcional na versão topo de linha, deve ser incluído. Ele é impecável.
Se isso não foi suficiente, durante o test drive coloque o Q5 no modo “sport” e acelere com segurança. Os 252 cv de potência deverão agradar para impressionar e fomentar o desejo de ter o SUV premium na garagem.
Ficha técnica
Motor: 4 cilindros em linha, 2.0, 16V injeção direta de gasolina
Potência: 252 cv a 6.000 rpm
Torque: 37,7 kgfm a 4.500 rpm
Câmbio: Dupla embreagem de 7 marchas e tração integral
Direção: Elétrica
Suspensão: Integral multilink
Freios: Discos ventilados na dianteira e traseira
Pneus: 255/45 R 20
Comprimento: 4,66 m
Largura: 1,89 m
Altura: 1,65 m
Entre-eixos: 2,81 m
Capacidade do tanque:
70 litros
Peso: 1.720 kg
Porta-malas: 550 litros