Em tempo de comemorações, ela vive uma angústia e acumula prejuízos. Com pressa para retirar o veículo, a estudante deu lances maiores com valores chegando a metade da carta de crédito e foi contemplada. Porém, o carro não ficou mais próximo dela. “Meus problemas começaram com a questão da comprovação de renda”, afirma a universitária Priscilla.
Com a ajuda de um avalista, o problema foi resolvido e o automóvel foi faturado. Em seguida, a empresa deu um prazo de 10 dias úteis a contar do dia 30 de novembro para Priscilla receber seu veículo. A data não foi cumprida e a consorciada ficou sabendo apenas na última sexta-feira (22) que o motivo da demora na entrega do carro é uma parcela em aberto.
O caso de Priscilla, de acordo com o presidente regional da Associação Brasileira de Administradores de Consórcio (Abrac), Rodrigo de Souza Pinto Freire, é um exemplo da importância de analisar se o consórcio é o melhor negócio na hora de comprar um automóvel para quem tem pressa em retirar o veículo. O presidente também orienta para a necessidade de buscar a procedência das empresas para evitar prejuízos. “O consumidor, antes de fazer a adesão a uma cota, precisa consultar no site do Banco Central se aquela administradora está autorizada a funcionar”, lembra.
É fundamental, também, ficar atento às diversas formas que existem de oferecer produtos mascarados. “Consórcio não é uma forma de jogo ou pirâmide. É um sistema integrado em que um grupo de pessoas busca atingir objetivos comuns”, finaliza.