O assistente administrativo Douglas Santiago, 24, passou por uma má experiência. Ele adquiriu o seu primeiro veículo, um Palio 2015, após dar entrada no financiamento. Ao longo do pagamento, Santiago começou a notar que os valores estavam sempre aumentando. “As parcelas começaram a ficar altas demais, comprometendo o meu orçamento familiar. Tive que contratar um advogado para solicitar uma revisão financeira, onde constatei que os valores estavam sendo cobrados equivocadamente”, relata.
Segundo os dados da B3, empresa de atividades unificadas da Bovespa, somente em novembro deste ano 12,8 mil carros foram financiados em Pernambuco, deixando o estado na segunda posição no ranking de financiamentos de veículos no Nordeste, perdendo apenas para Bahia.
De acordo com o especialista em direito bancário, Thiago Della Torre, é necessário, primeiramente, ao fazer um financiamento, que os consumidores se informem das taxas e tarifas que são cobradas nesses negócios. “Alguns órgãos mascaram os valores, alegando várias teorias e até não disponibilizam o contrato da compra a fim de evitar que o comprador tenha acesso a mais detalhes das cobranças”, conta.
Alguns procedimentos podem ajudar a evitar um mau negócio. “Verifique se a concessionária cobra algumas tarifas desnecessárias como abertura de crédito, de cadastro e serviços de terceiros. Isso influencia, sem sombra de dúvidas, no seu percentual de financiamento”, finaliza.