Testamos a nova Hilux Challenge, uma versão com identidade própria, que abre a gama das picapes da Toyota puxadas a diesel e com câmbio automático.
O apelo da Challenge é basicamente visual. As rodas de liga-leve aro 17 são pretas, mesma cor da grade frontal, dos retrovisores, maçanetas e do santo-antônio. Os faróis (sem led) ganharam máscara negra e a caçamba recebeu adesivos na lateral e na tampa traseira.
O conjunto dá uma assinatura radical que a Hilux “normal” não tem, principalmente nas versões topo de linha, que privilegiam o refinamento no acabamento.
O interior escurecido segue a mesma linha: menos luxo, com bancos em tecido e costuras vermelhas que remetem mais à esportividade. Mas calma! Nada de colocar a Challenge numa pista de corrida. os atributos “radicais” são apenas visuais e nada mais. Entre os itens de série da versão especial destaque para o ar-condicionado digital e a central multimídia com tela sensível ao toque e navegador GPS. O sistema de som é que merecia um capricho a mais da Toyota. Afinal, trata-se de um veículo que custa mais de R$ 160 mil.
Apliques e mimos à parte, o que fala alto na escolha de um utilitário é seu conjunto mecânico. E nisso a Hilux se destaca, tanto que é a lider de mercado entre as picapes puxadas a diesel. O motor 2.8 turbodiesel entrega 177 cv de potência e 45,9 kgfm de torque. É força mais do que suficiente e muito bem distribuída pelo eficiente câmbio automático de seis velocidades.
Uma tecnologia interessante que a Hilux entrega nessa versão é o seletor de condução. Trata-se de um botão posicionado ao lado do câmbio com as opções “Eco” e “Power”. No trânsito da cidade, naquele anda/para, o modo econômico é o ideal, porque você não precisa de toda a potência que o motor tem para entregar, o que resulta em economia de combustível. Agora, na estrada, quando você precisa fazer ultrapassagens, vale a pena apertar o “Power” e sentir uma resposta bem mais rápida do motor ao menor toque no pedal do acelerador.
Fazer avaliação da Hilux não é uma das coisas mais difíceis. Seu nome é sinônimo de qualidade e virou até letra de música nas baladas sertanejas e funks. Pode-se dizer que a picape da Toyota é o Camaro amarelo dos utilitários. Sim, isso foi um elogio.