Estado de Minas COLUNA

Confira os destaques de Jorge Moraes de 29/10/2017

Colunista fala sobre a diferença entre os veículos brasileiros e os tecnológicos do Japão


postado em 30/10/2017 09:16

Dois mundos

Algumas diferenças entre o presente e o futuro da indústria automotiva do Japão e do Brasil, meio que espelhadaS nos antigos princípios do automóvel, com foco na segurança interna e agora, em um pouco mais de conectividade, são enormes. Deveriam ser menores, deveriam convergir mais porque eles, os japoneses, estão presentes em nosso mercado. O novo automóvel na Terra do Sol Nascente será sensitivo e cheio de emoções que conversam com o motorista desatento ou não. Rico em expressões com sentimentos, que funcionam como anjo da guarda do dono do volante e seus caronas. Por aqui, a tecnologia do amanhã não vai atropelar o pedestre ou permitir colisões contra outro objeto. O carro freia e observa tudo que está ao seu lado antes de ativar qualquer movimento. A meta de não causar qualquer acidente com vítima, a partir de 2020, está nos planos das três grandes, Toyota, Honda e Nissan. Os carros estarão programados para proteger o cidadão dentro ou fora do veículo. Eu acredito. A fase multimídia já passou por aqui faz tempo. O híbrido conversa com o elétrico e o alimenta por célula de combustível - hidrogênio que entra numa fase nova de pesquisas e desenvolvimento podendo ser extraído da energia eólica ou solar. Já pensou? E nós, conectados ao bom etanol, a uma solução lógica que deveria ser ainda mais explorada e regulamentada. O Brasil não deu o show que deveria para o mundo nesse quesito. Acredito no futuro, mesmo que lento, dos automóveis brasileiros convivendo com as soluções que hoje são alternativas (elétricos e híbridos flex). Ao contrário deles, o futuro, segundo Akio Toyota, presidente da gigante japonesa, será diversificado pela convivência das fontes de energia em várias regiões do mundo, onde o recurso mais forte prevalecerá. Os números de 2017 já apontam para 3,1 milhões de elétricos/híbridos e a marca tem a fatia de 1,4 milhão na mão. Eles acreditaram desde cedo no tema e saíram na frente em 1996 com o RAV e em 1997 partiram para a trajetória vencedora com o Prius. Tudo planejado a passos lentos, estilo japonês, porém seguros. O que agora vamos cobrar é uma eficiência maior por parte deles que estão no Brasil fazendo os carros adaptáveis ao
mercado que, por enquanto, se conforma com uma central multimídia e um bom jogo de rodas.


Auto Motor
Já tem Salão de Tóquio no programa que vai ao ar neste domingo às 10h pela Band TV Tribuna e nas praças do Rio Grande do Norte, Piauí e Alagoas. Espero que vocês curtam.

Embaixador do Japão
Fui apresentado por Ricardo Bastos, diretor de comunicação da Toyota, ao embaixador do Brasil no Japão, André Corrêa do Lago. Ligado no mercado automotivo, conheceu o salão e, dono de uma simpatia clara, declarou que é fã do Recife.

Teremos Daihatsu?
Acho cedo para afirmar mesmo com toda empolgação do CEO da Toyota para América Latina, Steve St. Angelo, que disse, na quinta-feira, no Tóquio Motor Show, estar estudando trazer carros da Daihatsu para o país. Espalhou a notícia segurando um folder de divulgação. SUV compacto A Toyota teria um SUV Daihatsu para vender na rede própria, certamente com adaptações para o selo da empresa. O SUV ficaria na faixa de mercado dos R$ 80 mil. Um bom começo e o DN Trec seria uma boa.

O Lexus LS 500
O carro é um espetáculo e promete fazer sua estreia no Brasil no primeiro trimestre de 2018. De carona, passei por diversos locais da capital japonesa provando a tecnologia do sedã de luxo.

Type-R
O melhor Civic de todos os tempos tem cadeira cativa para o mercado brasileiro e se a Honda seguir o conselho da mídia especializada vai se dar bem com o carro, que é o máximo. Imagine o 2.0 de 320 cavalos de potência… Pelo visual ele já diz tudo.

 

X-Trail dará continuidade ao legado do Kicks(foto: Jorge Moraes / DP)
X-Trail dará continuidade ao legado do Kicks (foto: Jorge Moraes / DP)

X-Trail
Agora vai. Perguntei ao chefão da Nissan para a América Latina, José Luis Valls, sobre que SUV ele escolheria para dar continuidade à trajetória do Kicks. Com o argumento da terceira fila de assentos, o X-Trail, recentemente renovado, pronto para ser lançado na América Latina.

Vai ter CH-R?
Vai e primeiro virá híbrido revelando o novo posicionamento da marca no processo contínuo de eletrificação começando com os produtos mais “salgados”. O SUV, aposto eu, será destaque da Toyota no Salão de São Paulo, em novembro.

A Honda
Dá show de conectividade no Tóquio Motor Show e detalhe: recebeu com humildade, característica japonesa, o presidente da Toyota, Akio Toyota, para tirar fotos montado nas motos da concorrência.

E o CR-V?
Aleluia! A Honda já anunciou que o utilitário tem data marcada para a chegada no mercado brasileiro: o último trimestre do próximo ano. O SUV agora é importado dos Estados Unidos e a montadora destaca que o automóvel virá sem acordo de livre comércio com o México.

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