Ser criança é viver em um mundo de sonhos e fantasias, onde tudo é possível quando se quer. Em meio a tantos valores que uma criança tem, a determinação se manifesta constantemente. E quando esse sentimento é atrelado ao de persistência, sem dúvidas, os resultados podem ser gratificantes.
Thomaz Rodrigues, 12, é exemplo disso. A paixão por carros antigos vem desde os quatro anos de idade, quando o pai dele trouxe alguns filmes de época para casa e ele teve o primeiro contato com veículos lendários. A fim de realizar o sonho de ter um automóvel antigo, ele decidiu comprar um Fusca ano 1966 com apenas seis anos de idade. “Juntei toda a mesada que recebia e, nas férias, cheguei a vender picolé na praia para conseguir mais dinheiro”, relata. O veículo foi obtido, mas não estava em bom estado. Foi restaurado e é utilizado pelo pai da criança até então.
Alguns carros possuem um valor sentimental muito grande. Everton Batista, 15, tem um imenso apego com o Fusca ano 1985. Apelidado de “Besouro Verde”, o veículo está em posse da família há mais de 10 anos e já passou de geração para geração. “Meu avô deu ele para mim, e eu fiquei muito feliz. Pretendo não me desfazer dele e, no futuro, comprarei outros carros antigos para repassar para meus filhos e netos”, conta Everton.
Outras relíquias também caem no gosto dos mais novos. Eduardo Erle, sete, e Benício Erle, oito, são irmãos e não escondem o fascínio por veículos antigos, isso porque ambos são apaixonados pelo Puma GTC 1981 que o pai, Erle Filho, 41, tem há 14 anos. Os dois já demonstraram grande interesse por carros antigos desde muito cedo e, de certa forma, sempre foram apoiados pelo genitor. Eduardo conta, por exemplo, que colecionar Ferraris e Fuscas também é o hobby dele.
Por coincidência, Eduardo nasceu em 2 de outubro, data em que se comemora o Dia Nacional do Puma. Quando questionado sobre o futuro, ele não mede esforços para dizer que almeja o modelo para si. “Quero para mim. Vou trabalhar e sair para todos os lugares com ele quando crescer”, afirma.