

No interior há um pouco de semelhança com o Duster no uso de plásticos de aspecto barato no console. Mesmo assim, o acabamento é bem resolvido e não fica atrás de seus concorrentes. Tem central multimídia com GPS, ar-condicionado automático e bancos em couro. Ao dirigir o Captur fica claro que a Renault privilegiou o conforto. A suspensão é macia e absorve bem os impactos. A versão que testamos é a topo de linha, a Intense, que vem equipada com motor 2.0 de até 148 cv de potência e 20,9 kgfm de torque.

Seria um propulsor mais do que suficiente para carregar os 1.300 kg docrossover... seria se não fosse o uso da ultrapassada transmissão automática de 4 velocidades. Você sente no pedal direito que o motor tem capacidade de dar um bom desempenho ao modelo, mas o câmbio limitado acaba deixando o Captur um tanto amarrado. Na cidade isso não é muito sentido, mas na estrada você sente a falta de pelo menos mais duas marchas para dar fôlego ao carro. Tanto que no próximo mês a Renault vai lançar o Captur com câmbio CVT Xtronic, que deverá ser a versão mais vendida do modelo.
O resumo é que o Captur se encaixa perfeitamente no segmento dos crossovers no Brasil. E se destaca bem pelo design e pelas belas rodas de 17 polegadas. Tem conforto para o asfalto e altura para enfrentar uma estrada de terra com buracos e obstáculos leves.
Com isso, o Renault vai satisfazer os desejos dos clientes desse segmento, que usam o carro durante a semana para o trabalho na cidade e, no final de semana, encaram uma aventura para aproveitar um belo dia de sol na praia.