Estado de Minas TEST DRIVE

Confira o que achamos do Renault Captur

Transmissão de quatro velocidades é o maior ponto fraco do belo e confortável Renault Captur, que custa R$ 88.490 na versão Intense, a topo de linha do crossover


postado em 29/05/2017 09:10 / atualizado em 29/05/2017 15:06

Captur chega com um dos desenhos mais bonitos do segmento. As rodas exclusivas de 17 polegadas somam ainda mais requinte(foto: Bruno Vasconcelos/DP)
Captur chega com um dos desenhos mais bonitos do segmento. As rodas exclusivas de 17 polegadas somam ainda mais requinte (foto: Bruno Vasconcelos/DP)
Bonito, confortável e com preço na mesma faixa de seus principais concorrentes. Recém-chegado ao mercado brasileiro, o Renault Captur tem atributos para se destacar no mercado nacional. Francês de origem, ele chega para disputar clientes com o Hyundai Creta, Honda HR-V, Jeep Renegade, entre outros modelos desse concorrido segmento. Há quem fale que ele vai levar os consumidores até mesmo do seu “irmão de plataforma”, o Renault Duster, mas fica claro só de olhar para o Captur que a proposta é outra.

Traseira é mais sóbria, mas ainda se destaca pelo desenho ousado das lanternas(foto: Bruno Vasconcelos/DP)
Traseira é mais sóbria, mas ainda se destaca pelo desenho ousado das lanternas (foto: Bruno Vasconcelos/DP)
Apesar de compartilhar muita coisa com o Duster, como a mecânica, o Captur se diferencia de cara pelo visual. Diferentemente da maioria dos modelos da Renault que são vendidos no Brasil e que têm origem na Romênia ou na Coreia do Sul, o Captur tem DNA parisiense e transpira essa elegância francesa no seu design. Os faróis grandes e o uso do cromado sem economia nos frisos se destacam e fazem do modelo um ímã de olhares.

No interior há um pouco de semelhança com o Duster no uso de plásticos de aspecto barato no console. Mesmo assim, o acabamento é bem resolvido e não fica atrás de seus concorrentes. Tem central multimídia com GPS, ar-condicionado automático e bancos em couro. Ao dirigir o Captur fica claro que a Renault privilegiou o conforto. A suspensão é macia e absorve bem os impactos. A versão que testamos é a topo de linha, a Intense, que vem equipada com motor 2.0 de até 148 cv de potência e 20,9 kgfm de torque.
 
Transmissão de quatro velocidades é o maior ponto fraco do Renault Captur(foto: Renault / Divulgação)
Transmissão de quatro velocidades é o maior ponto fraco do Renault Captur (foto: Renault / Divulgação)
 

Seria um propulsor mais do que suficiente para carregar os 1.300 kg docrossover... seria se não fosse o uso da ultrapassada transmissão automática de 4 velocidades. Você sente no pedal direito que o motor tem capacidade de dar um bom desempenho ao modelo, mas o câmbio limitado acaba deixando o Captur um tanto amarrado. Na cidade isso não é muito sentido, mas na estrada você sente a falta de pelo menos mais duas marchas para dar fôlego ao carro. Tanto que no próximo mês a Renault vai lançar o Captur com câmbio CVT Xtronic, que deverá ser a versão mais vendida do modelo.

O resumo é que o Captur se encaixa perfeitamente no segmento dos crossovers no Brasil. E se destaca bem pelo design e pelas belas rodas de 17 polegadas. Tem conforto para o asfalto e altura para enfrentar uma estrada de terra com buracos e obstáculos leves.

Com isso, o Renault vai satisfazer os desejos dos clientes desse segmento, que usam o carro durante a semana para o trabalho na cidade e, no final de semana, encaram uma aventura para aproveitar um belo dia de sol na praia.
 

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