BELO HORIZONTE -O F-Pace chega ao Brasil para defender os ingleses no segmento de luxo dos utilitários de porte médio. Postura esportiva que derruba o protocolo inglês e desafia Porsche Macan, Lexus RX 350 e BMX X4. Em três versões de força e acabamento nossa equipe apostou no modelo a óleo.
O carro de largada é o novo 2.0 da família Ingenium a diesel com 180 cavalos e 430 NM de torque e os dois motores V6 turbo/compressor com 340 e 380 cv completam a gama com o logo S estampado na carroceria do mais valente.
O Jaguar de salto a diesel é bem acertado, oferece emoção a bordo e se destaca pela motorização, preferência do mercado do Nordeste ser única opção entre os bravos. O quatro cilindros cumpre o seu papel de atender à demanda dos compradores fiéis ao combustível. O preço vai partir de R$ 306 mil podendo crescer um pouco mais de o comprador decidir pelos acessórios. O teto panorâmico completa o arrojado visual da carroceria.
Tratado como celebridade pela JLR (Jaguar Land Rover) o veículo exibe rodas 20 polegadas escuras e no topo da gama aro 22 em liga leve para todas versões. Eis a dica. Do lado de fora, um perfil sedutor, inspirado no F-Type, esportivo que empresta a plataforma de carroceria 80% alumínio. Observe o corte do carro na foto e veja o destaque da estrutura de metal.
Internamente a cabine é semelhante para os três modelos dirigidos pela nossa reportagem. No teste drive, festival de curvas sinuosas que exigiam perícia do condutor e atenção do passageiro. Até no teste fora de estrada o F-Pace mandou bem com o uso do controlador de velocidade em subidas e descidas.
A suspensão mostrou de cara que foi projetada para oferecer conforto urbano e estradeiro. Longe dos percursos radicais do 4x4. Algo que dificilmente o proprietário irá encarar um dia. No F-Pace nada de pé na lama.
O Jaguar de 4,73 metros roda macio é preciso desde que você ajuste o modo de condução com as teclas que ficam logo atrás do botão seletor da transmissão de oito marchas (escolha o dinâmico).
A posição de dirigir mostra que a pegada está mais para um esportivo do que um crossover de características urbanas (apesar da altura). O quadro de instrumentos é virtual (como no Audi A4), a central multimídia impecável com tela wide de 12,3 polegadas e som Meridian de 17 falantes e 825 W de potência impecável no modelo S.
No resumo da cabine, que permite no painel o controle individual de temperatura os bancos da frente e no assento traseiro para três ocupantes. Existe a possibilidade do carro virar um grande moldem com capacidade de conexão para oito aparelhos.
Ponto negativo para a posição de controle dos ajustes dos retrovisores externos e dos vidros, em cima do forro de porta. Escrevi sobre o tema no teste do lançamento mundial em Montenegro, na Europa.
Não gosto, não precisava ser tão inglês e herdar isso do Discovery. E vale destacar que as saídas duplas do escapamento não dão o acabamento impecável do design da carroceria. A Jaguar poderia ter investido nas bocas do escape (sendo mais estilosas).
Além da chave e do botão de partida, claro, uma pulseira do tipo smarth band permite que o dono da "máquina" trave as portas do carro posicionando o pulso na letra J, depois de apertar o botão de abertura do porta-malas. O SUV não oferece sete lugares, não é essa a proposta.
Viajou a convite da Jaguar