A Nissan anunciou nesta semana, no Rio de Janeiro, uma nova iniciativa da marca para o Brasil. A montadora japonesa vai testar um protótipo de van elétrica denominada e-NV200 e-Bio. O utilitário é movido por célula de bioetanol, que dispensa a tomada para se recarregar e pode ser comparada a uma pilha.
Esta será a segunda rodada de testes da empresa com veículos de motor “verde” no Brasil - desde 2011, a Nissan cede unidades do hatch Leaf a entidades, organizações públicas e também para alguns taxistas. Nos Estados Unidos, unidades da van estão sendo usadas no projeto de renovação da frota de táxis de Nova York.
Segundo a empresa, os testes de campo no Brasil servem para avaliar a viabilidade do modelo no mercado nacional. Trata-se de um comercial leve, que será útil a empresas de logística e transporte, sobretudo por ser 100% elétrico e não depender de tomadas para ser recarregado, como acontece com o Leaf.
A montadora promete ainda superar as barreiras que os totalmente elétricos enfrentam acerca da dificuldade de recarga e na baixa autonomia, geralmente abaixo dos 200 quilômetros. Neste caso, a Nissan afirmou que está criando uma autonomia similar a de modelos movidos a gasolina.
No caso da e-NV200, a carga para as baterias vem da chamada célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC). Ela pode ser comparada a uma pilha, pois usa reações eletroquímicas para gerar energia.
O composto usado na reação é o etanol, que é misturado ao oxigênio no interior da célula de combustível. Não há combustão, como em motores convencionais, mas sim a quebra de moléculas para geração de eletricidade.
A promessa da Nissan é de que o modelo use etanol puro ou misturado com água e até gás natural para produzir eletricidade de alta eficiência. Por não depender de tomadas ou de centrais elétricas de recarga, o modelo tem baixos custos operacionais e permite autonomia de um veículo com motor a gasolina.