Estado de Minas TEST DRIVE

Chevrolet S10: bruta e refinada

Testamos a versão mais equipada da picape que recentemente foi reestilizada por dentro e por fora. Confira nossas impressões e a extensa lista de equipamentos do modelo


postado em 22/06/2016 17:35

A recente reestilização da Chevrolet S10 foi um pouco além das tradicionais mudanças estéticas, tendo abrangido também uma revisão mais profunda em seu interior e até na mecânica. Por fora, as mudanças se concentraram mais na dianteira, atribuindo ao modelo o DNA global da marca. A grade alongada e a nova cavidade no capô deixaram o visual mais parrudo. Avaliamos a versão High Country, topo de linha, cujos faróis trazem iluminação diurna com LEDs, assim como as lanternas. Com o curioso nome de azul Old Blue Eyes, a cor da unidade testada é nova na paleta da S10.

 

(foto: Chevrolet / Divulgação)
(foto: Chevrolet / Divulgação)
 

 

Boa parte da percepção do interior do veículo está no painel e foi neste ponto que as mudanças se concentraram. O novo painel está mais verticalizado e elegante. O quadro de instrumentos ganhou novo grafismo e o central foi completamente redesenhado, tendo substituído as antigas saídas circulares do ar-condicionado por outra horizontal, e os comandos do sistema multimídia, que com a nova posição recebe menos influência de reflexos em sua tela, ficaram mais intuitivos.

 

(foto: Chevrolet / Divulgação)
(foto: Chevrolet / Divulgação)
 

 

Nesta versão, o painel tem acabamento semelhante ao couro que reveste os bancos, que são em dois tons: marrom e preto. Os painéis das portas e o apoio de braço também trazem detalhes em couro marrom. Condizente com a proposta todo-terreno do veículo, os tapetes são de borracha. O acabamento não deixa a desejar. Uma “mancada” é a falta do ar-condicionado de duas zonas, que é obrigatório num veículo dessa categoria, assim como os difusores de ar para o banco traseiro. Os ajustes elétricos do banco do motorista também deveriam estar disponíveis para o passageiro. O banco traseiro tem assento baixo e não apoia bem as pernas, além de ficar devendo apoio central de cabeça e sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis.

 

(foto: Chevrolet / Divulgação)
(foto: Chevrolet / Divulgação)
 

 

Como o veículo é alto, o acesso é facilitado pelos estribos e pelas alças internas no teto. Apesar de a Chevrolet falar em melhorias no isolamento acústico, ainda se ouve o ruído pronunciado do motor diesel no interior do veículo. Sobre o manuseio do compartimento de carga: a tampa da caçamba é pesada; a capota marítima não veda como deveria (coisa que nenhuma outra também o faz), mas é fácil de ser manuseada; e o santantônio estilizado não permite recolher a capota marítima por inteiro. Para ajudar a manobrar este “caminhãozinho”, os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e a câmera de ré são fundamentais.

 

(foto: Chevrolet / Divulgação)
(foto: Chevrolet / Divulgação)
 

 

RODANDO Na mecânica, algumas novidades. A direção passa a ter assistência elétrica, leve em manobras e com o peso adequado em velocidades mais elevadas. Mas a mudança mais evidente foi uma sensível melhoria no conforto da suspensão, que ganhou novos coxins (elemento que faz a ligação entre a longarina e a carroceria) e calibração. Na prática, ela repassa menos as imperfeições do piso aos passageiros, característica comum nas picapes. Trabalhando junto a um câmbio automático de seis marchas, não falta força ao motor a diesel da S10, que já tem todo torque disponível a 2.000rpm. A picape está credenciada para o fora de estrada com a opção de transmissão 4x4 e reduzida, comandadas por meio de um seletor localizado no console. Ainda contribuem nessa situação o auxílio de partida em rampa e o controle de velocidade em declive.

 

(foto: Chevrolet / Divulgação)
(foto: Chevrolet / Divulgação)
 

 

NOVIDADES Nessa versão High Country, a S10 traz equipamentos inéditos que podem prevenir acidentes: o alerta de colisão frontal entra em ação quando o veículo se aproxima de algum objeto à frente e não faz menção de reduzir a velocidade; o alerta de saída de faixa funciona quando o veículo abandona a faixa de rolagem sem que a seta esteja ligada para evidenciar esta intenção, mas o sistema só reconheceu as faixas mais largas de rodovias, não atuando na cidade, e não é capaz de corrigir a trajetória do veículo (como em outros modelos); partida remota por meio do controle da chave, que também aciona o ar-condicionado para climatizar o veículo antes do motorista entrar; e alerta de pressão dos pneus.


Assim como os principais concorrentes do segmento, à medida que a S10 ganhou em porte, refinamento e equipamentos, seu preço também cresceu bastante. Entre os três modelos mais vendidos, a picape média da Chevrolet é a mais em conta, porém fica em desvantagem ao não oferecer itens como sete airbags e controle ativo de velocidade de cruzeiro, que a Ford Ranger tem em sua versão de topo, que é a mais bem equipada, mas custa cerca de R$ 12 mil a mais. Já a Toyota Hilux oferece sete airbags, mas custa R$ 20mil a mais que a S10.

 

 

 

 

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