Vale a pena comprar um carro usado mais velho? Confira algumas dicas

 

Comprar um carro requer uma atenção especial, principalmente quando se trata de um carro usado. É preciso fazer uma pesquisa mais aprofundada, analisar as propostas e o mais importante de tudo, checar o estado em que o veículo se encontra. Muitas vezes as pessoas fazem vista grossa para os carros mais velhos, e não se deixam levar pelo preço mais atrativo. Claro que muitas vezes trata-se de uma questão de segurança, afinal muitas vezes um veículo muito antigo pode apresentar certos problemas mecânicos e pode ser difícil encontrar peças para os modelos que já saíram do mercado. 

 

Porém, essa vista grossa pode ser uma bênção ou uma maldição, as vezes a “lata velha” pode estar tão bem conservada e tão pouco rodada, que pode acabar resultando em um custo benefício bem maior do que comprar um carro mais novo. Mas claro, para identificar uma boa oportunidade, é necessário ficar atento a certos detalhes.

Um dos quesitos mais importantes é como o seu atual ou antigo dono cuidava do carro e se foram realizadas as revisões em dia, manutenções preventivas e outros cuidados. A quilometragem pode ser um bom indicativo, mas não se baseie apenas nisso, mesmo com muitos quilômetros rodados, o que realmente importa é como o proprietário utilizava o carro. Por exemplo, se ele costumava rodar muito em rodovias, significa que, mesmo com altos números no hodômetro, esses quilômetros foram acumulados nas melhores condições. 

Por outro lado, se ele costumava ficar muito tempo parado no trânsito, significa que o motor ficou mais tempo ligado só que nas piores condições, mas como o carro estava parado, esse tempo não fica registrado no hodômetro.  Além disso, tome muito cuidado, pois existem casos de falsificação dos quilômetros rodados.

“O número acumulado no hodômetro pode muitas vezes ser irrelevante , já que existem pessoas especializadas em falsificar os quilômetros rodados, podendo baixar o quanto possível”, afirmou Sandro Rezende, motorista de autoescola. Em resumo, um bom test drive no carro pode ser uma das melhores formas de testar o seu funcionamento.

“É importante anotar e pesquisar o número do chassi e dos vidros, para saber se houve alguma troca ou batida, e também prestar atenção no estado de conservação geral, como as linhas laterais, a pintura, principalmente se houve alguma tentativa de maquiar arranhões ou amassados, e os amortecedores dos pneus”, concluiu Sandro.

Como sempre, tudo é a base de pesquisa. Além de analisar os quesitos mencionados, faça uma pesquisa de quanto o modelo custava na época e compare com propostas semelhantes. Cheque também os preços na tabela Fipe e sempre tente negociar com o proprietário um preço mais acessível. 

 

Uma das principais preocupações de quem deseja comprar um carro usado, é saber se o modelo em questão continua disponível no mercado. Achar peças para alguns modelos que já saíram de linha pode ser um problema a curto ou longo prazo, mas existem certos pontos a serem levados em conta. 

Segundo a lei, as montadoras são obrigadas a repor as peças de um modelo por um tempo não estipulado. Esse tempo pode variar de acordo com a data em que esse modelo saiu de linha, e com a procura dele no mercado de usados ou em importações. Caso ele tenha sido descontinuado recentemente ou era muito popular e presente nas ruas, significa que deve existir uma boa quantidade de peças disponíveis por um bom período de tempo. O Chevrolet Celta, por exemplo, já está fora do mercado desde 2015, quase cinco anos, mas sua busca no mercado de usados é uma das maiores atualmente, por esse motivo, a montadora ainda disponibiliza peças oficiais para compra em seu site.