As placas com o padrão dos países que fazem parte do Mercosul foram aprovadas em novembro de 2014 no Brasil e o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) previa a implantação do sistema para janeiro de 2016, o novo emplacamento promete trazer mais segurança e mais facilidade para identificar os carros que cometerem alguma infração. Mas após várias complicações técnicas e alterações nos tipos de código presentes na placa, o governo teve que adiar seis vezes a implantação, até que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) confirmou que até o dia 31 de janeiro de 2020, as novas placas serão utilizadas por padrão em todos os estados nacionais. Diante de tantas mudanças e adiamentos, muitas pessoas ainda estão com muitas dúvidas em relação ao processo, então confira alguns esclarecimentos sobre as principais questões do novo sistema de emplacamento.
Quem precisa trocar?
O Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) realizou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (8) e um dos principais temas foi justamente sobre as novas placas. De acordo com o diretor-presidente do Detran-AM, Rodrigo de Sá, o emplacamento será obrigatório a partir do dia 31 de janeiro de 2020 apenas para veículos novos, os demais só precisarão trocar em caso de dano ou furto, mudança de município, ou mudança de categoria. Também é permitida a troca por livre e espontânea vontade.
Quanto custa?
Após a decisão do Denatran de suspender a exigência do lacre, as novas placas ficaram R$ 25 mais baratas. De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ), as placas custarão R$ 193,84 para os automóveis no geral e R$ 64,61 para motocicletas, aqueles que realizaram a troca antes da suspensão do lacre podem pedir o reembolso da diferença comparecendo em uma das Circunscrições Regionais de Trânsito espalhadas pelo estado.
Mudanças na sequência
O código alfanumérico também sofrerá mudanças. A antiga combinação possuía 3 letras e 4 números (LLL NNNN), já a nova (LLL NLNN) incluirá uma letra no lugar do segundo número, dessa forma a probabilidade de sequências aumentará para 450 milhões de combinações. A placa continuará possuindo 7 dígitos, mas na hora da troca, o segundo algarismo terá de ser substituído por uma letra, seguindo a tabela abaixo:
Antes | Depois
0 A
1 B
2 C
3 D
4 E
5 F
6 G
7 H
8 I
9 J
Exemplo:
Antes: ABC 0000.
Depois: ABC 0A00
Identificação de município e categoria do veículo
Originalmente, os brasões do estado e da cidade estariam presentes na placa, mas após uma mudança do Contran, a identificação do local de origem do veículo só poderá ser feito pelo cidadão através do código QR ou usando o aplicativo Sinesp Cidadão.
Já a categoria será representada pela cor dos algarismos da placa, antes era pela cor de fundo da placa. As categorias e suas respectivas cores são definidas de acordo com a foto abaixo:
E aqueles que possuem os modelos antigos da placa?
Os veículos que emplacados com os modelos antigos da placa Mercosul, que são aqueles que foram disponibilizados para emplacação antes das alterações do Contran, não precisarão se preocupar, pois o modelo continua sendo aceito sem necessitar de troca.