Estado de Minas DIA DOS PAIS

Unidos pelo motoclube

Pai e filho, juntos pelo companheirismo, fé e amor pelas duas rodas são histórias que transcenderão gerações


postado em 13/08/2018 09:17



Um amor é capaz de unir nações e apaziguar guerras. Tudo sofre, tudo crê, tudo suporta e tudo espera. A história do filho Jéfte Macêdo com seu pai Jefferson Santana  não poderia ser diferente. Jéfte, apaixonado por aventura em duas rodas e ligado a fé cristã, resolveu ingressar no Esquadrão de Cristo, que é um ministério motociclístico, existente há 14 anos, no qual mescla a prática de pilotar ao convívio cristão e estudo bíblico. Estava em processo de filiação ao grupo, quando foi participar do seu acoletamento - fase de aprendizado e conscientização de seus deveres como integrante do esquadrão - em Natal, capital de Rio Grande do Norte. Mas, no trajeto, o inesperado aconteceu, Jefté e sua esposa sofreram um acidente. Sua motocicleta passou por um buraco e o pneu estourou, ocasionando a queda do casal e sérios ferimentos.
 
Foi então que começou, segundo Jefté, o pior e melhor acidente da vida dele. “Em 2016 entrei no esquadrão de cristo entrei por conta de um amigo. Foi o mesmo ano que sofri o acidente e fiquei comovido com a importância e cuidado que os membros do grpo revelaram para mim e para a minha esposa. Eles nos deram todo suporte, recolheram a motocicleta e nossos documentos, cuidaram da gente durante os 21 dias que passamos em Natal. Isso despertou a curiosidade do meu pai, que sempre gostou de moto e queria voltar a pilotar. Nós não éramos muito próximos, mas tudo mudou depois daquele acidente” relatou Jéfte. 
 
Na época, os pais do motociclista estavam separados há 14 anos, deixando a relação de pai e filho mais distante, em relação à convivência diária. Após o acidente de seu filho, Jefferson decidiu conhecer o grupo que acolheu e cuidou de Jéfte e sua nora. Foi então que pai e filho começaram a conviver e partilhar de momentos de fé e pilotagem promovidos pelo Esquadrão de Cristo. 
 
Jefferson, pai de Jéfte, conta que sempre cultivou o amor por motocicleta, mas que nunca tinha tido oportunidade de participar de um motoclube. O acidente que seu filho e sua nora sofreram serviu para ele conhecer o Esquadrão e quais são os pilares que o regem. “Era um dia de sábado, quando meu filho ligou e perguntou se estava tudo bem comigo, ele é bem atencioso e sempre faz isso. Depois, me contou do acidente que sofreu, junto com a minha nora. Tentou me acalmar dizendo para não me incomodar que estava tudo bem. Nisso, já fiquei aperreado e queria pegar o carro e ir pra Natal logo. O Esquadrão cuidou do meu filho e minha nora o tempo todo, com companheirismo,  irmandade e atenção, não os deixaram em nenhum momento e foi isso que me fez apaixonar pelo grupo e ingressar nele em seguida”, relata Jefferson. 
 
Uma vivência de lazer, aventura e fé, proporcionado pelo clube motociclístico, não se caracteriza como uma denominação ou igreja, apenas vive os valores de liberdade, de amizade e de família. Ao falar sobre a família, Jefté se emociona ao partilhar que, graças ao esquadrão e a paixão por motocicletas, ele e seu pai vivem uma proximidade de partilha e companheirismo nunca antes vivido tão avidamente. 

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação