Estado de Minas COLUNA

Confira os destaques de Jorge Moraes de 16/09/2017

Colunista fala sobre a distância entre os carros elétricos e a frota brasileira


postado em 15/09/2017 17:19 / atualizado em 15/09/2017 17:37

Eletrificação distante

A indústria automotiva brasileira tem um escudo de defesa resistente para prorrogar o crescimento do mercado de automóveis híbridos no Brasil. Quem advinha? O Etanol. Combustível limpo em relação ao diesel e a gasolina, por exemplo, o álcool (vamos lembrar desse nome) de tecnologia barata serve ao mercado como ponto de contribuição para um meio ambiente mais limpo. Mas será suficiente? Claro que não. Conversei, em Frankfurt, com o presidente da Anfavea, Antonio Megale, que foi claro em afirmar que hoje e nos próximos anos estamos literalmente fora da competição dos híbridos e elétricos. Ao contrário do Brasil, sem qualquer direcionamento para a indústria, a Europa e os Estados Unidos fazem movimento contrário ao nosso. Eles fizeram da tecnologia, que envolve também os elétricos, um instrumento para poluir menos, economizar e conquistar o consumidor do futuro, a geração milenium que tem o veículo como meio de transporte e não como um bem apaixonante. Enquanto o governo brasileiro não forçar a barra para que os fabricantes mudem de rumo, nós por aqui permaneceremos obsoletos. A diferença é grande demais. O Rota 2030, que vai substituir o Inovar-auto, poderá ser um ponto de partida para a mudança de discurso. Ninguém fala em investimento no Brasil. Imagine se e o inevitável acordo  de livre comércio com União Europeia e Mercosul acontecesse mais rápido, dentro de uma política de sustentabilidade para ampliar a economia. Acho que aí sim teríamos que arregaçar as mangas e incentivar o desenvolvimento do carro flex com motor híbrido. Sem a opção que carrega na tomada. Circulei por mais de 1,2 mil quilômetros na Alemanha com dois automóveis híbridos e a redução de emissões, assim como economia de combustível, é gritante. Lógico, já existe o começo no Prius, Fusion e i3. Lembro também que a opção híbrida com a recarga da bateria através do freio no pedal ou a motor tem avançado para patamares de satisfação cada vez maiores. As pilhas com garantias de oito a dez anos e os programas de substituição e recolhimento das mesmas também. Vamos continuar exigindo o futuro com mais tecnologia porque o tema da eletrificação nunca esteve tão em alta.

No Tacaruna
Tem exposição de carros com foco no mercado atual e nos antigos. Evento acontece até o dia 24 no estacionamento do mall e deve levar legião de fãs. A exposição “Carros de ontem e hoje” reúne cerca de 50 modelos entre usados e novos.

Fenabrave
Bruno Tude, presidente da Fenabrave regional está na Alemanha para acompanhar o Salão de Frankfurt e pontuar negócios na BMW, onde é revendedor no Ceará. Quem estava lá também foi Eraldo Jr, da Disnove.

FCA out
Lamentável não ver a Fiat (sem novidades) ou Jeep no IAA, que termina no próximo dia 24. Questão de presença de marca ou inovação mesmo. Por lá, a Ferrari, como sempre, virou dona dos sonhos de muita gente. A Portofino promete.

Volkswagen
David Powels, presidente da Volks, quando apertado sobre um assunto mais estratégico, se defende com a elegância de um bom financista dizendo: “estamos estudando...”. Resposta para o caso do SUV intermediário que ficaria, ou ficará, entre o T-Cross e o novo Tiguan.

Jornal
Ronaldo Catapano, regional da Volkswagen, manda correspondência eletrônica com minha entrevista no jornal nacional da Volkswagen. Momento que opinei sobre a nova fase jovem da empresa que vai lançar quase uma dezena de novos produtos até o final de 2018.

Toyota Prius
O sedã vive um grande momento no mercado brasileiro. Montadora tem uma versão bonita e com opção do teto condutor de energia mais o plug in. No Brasil ficaria caro demais. Será? Quanto?

Mustang
Rogélio Golfarb, VP da Ford, contando os dias para a estreia do Mustang no país. Opção será única V8 de 450 cavalos e provavelmente quatro cores. Está certa a Ford. O conversível vai ficar de fora do mercado brasileiro. Em Pernambuco, o revendedor oficial deverá ser a América.

Cayenne
Novo SUV da Porsche vai demorar a chegar. Somente no segundo semestre do próximo ano. Deve dar uma esfriada para os fãs ao mesmo tempo que poderá baixar de preço as versões atuais. Só esperar um pouco e essa deverá ser a regra.

Alemães
Audi, BMW ou Mercedes? O melhor estande foi o da MB, que desfilou emoção com o Project One. Por lá encontrei passando a turma da Mardisa, revenda do grupo Parvi.

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