A tendência para os carros que são isentos da emissão de combustíveis é crescente no mundo. No Brasil, o projeto ainda engatinha. Isso porque a diferença entre o território tupiniquim e o Velho Continente, por exemplo, é notória quando o olhar é direcionado para países como Inglaterra, onde existem políticas públicas que incentivam o fim dos automóveis movidos a gasolina ou diesel até 2050. Para a França, esse prazo é para dez anos antes. Na Alemanha, cidades como Munique e Stuttgart já sinalizam para a exclusão dos carros a óleo. Medidas que foram propostas pelos próprios ministros e parlamentos dos países. Em tempo, o projeto do continente é de que, até 2035, para cada grama de carbono emitida, a mesma quantidade deverá ser retirada da atmosfera e a aposta em veículos híbridos e elétricos, os não poluentes, é o único caminho considerando a indústria automotiva. Enquanto isso, no Brasil, os automóveis alimentados por diesel são venerados por oferecerem melhor rentabilidade na negociação do seminovo e geram economia para quem vive na estrada. Altos custos para manutenção, peças e até inexistência de pontos para carregamento compõem a realidade por aqui. O que fica diretamente ligado aos exorbitantes valores de comercialização dos veículos “ecologicamente corretos”. É a lei da oferta e procura. No entanto, algumas montadoras ainda conseguem incentivar e relutar na causa para um Brasil mais verde. Vale entender um pouco mais dos veículos que atualmente são vendidos por aqui e que são a utopia de um mundo mais “eficiente”.
Nissan Leaf e Renault Twizy e Zoe
As duas montadoras foram umas das pioneiras dos híbridos e elétricos no Brasil. Chegaram até a entregar unidades do Leaf para taxistas do Rio de Janeiro e dos franceses para a prefeitura de Curitiba. No entanto, pela falta de incentivos públicos, os planos das marcas foram modificados e os veículos não são comercializados hoje no Brasil.
Toyota Prius
Alguém, além da repórter que vos escreve, já se espantou ao ver viaturas da Polícia Militar de Pernambuco rodando pelo Recife com um Toyota Prius? Pois é, a novidade está nas ruas da cidade há alguns meses. A Toyota e o Governo do Estado não confirmaram nenhum incentivo para a aceitação do veículo no mercado pernambucano. Mas o fato é que o carro é um verdadeiro “ímã do olhar”. O visual é ímpar. A potência acompanha. O sistema de propulsão duplamente alimentado por gasolina e energia elétrica não deixa muita brecha para críticas. Isso porque o carro começa a andar com o auxílio exclusivo do motor elétrico até chegar aos 50 km/h. Somente a partir daí o motor 1.8 VVT-i a gasolina de 98 cv e 14,2 kgfm passa a trabalhar em conjunto. É fácil rodar mais de 800 km com o pequeno tanque de 43 litros até mesmo na cidade. O veículo começou a ser vendido no Brasil em 2013 e de janeiro a julho desse ano já foram vendidas 1053 unidades. É o híbrido mais vendido do Brasil. O precito seleciona o consumidor do Prius, já que fica na casa dos R$ 126 mil.
Lexus CT 200 H
O valor de comercialização do Prius não é muito distante do primo de terceiro grau CT 200 H da Lexus. A marca, que faz parte do grupo de luxo da Toyota, vende o híbrido partindo de R$ 135 mil. É o preço da tecnologia. Já que estamos falando de um carro com visual invocado, de porte avantajado, pegada esportiva e que consome combustível como se fosse um “popular” puxado por motor de mil cilindradas. O hatch da Lexus tem quatro modos de condução: Normal, Eco, Sport e EV. Nos três primeiros, há uma harmonia “sinfônica” entre os dois motores. No Eco, há uma tendência de maior uso do propulsor elétrico. O motor 1.8 é acionado se você precisar de mais potência. Consumo fica perto de 20 km/l, o que é incrível para um carro deste porte. No primeiro semestre de 2017, o CT 200H emplacou 72 unidades no Brasil.
Ford Fusion
A mais recente versão híbrida do Fusion foi lançada em outubro do ano passado. O sedã conta com motores elétrico e a gasolina, que funcionam simultaneamente, conforme a velocidade. O propulsor a combustão é um 2.0 Atkinson a gasolina com a potência de 143 cavalos. A transmissão continuamente variável e-CVT faz o gerenciamento dos dois motores, que têm potência combinada de 190 cv. O consumo do modelo é de praticamente de carro popular: 16,8 km/l na cidade e 15,1 km/l na estrada, segundo dados da montadora. O carro era o mais econômico do país até a chegada do Toyota Prius híbrido (18,9 km/l). O Fusion Hybrid 2017 tem preço inicial de R$ 159.500 e de janeiro a julho desse ano já foram vendidas 188 unidades.
BMW i8 e i3
A BMW esbanja veículos sustentáveis. Isso porque a gama da montadora é composto por dois automóveis que estão no lado ecológico da força. No entanto, a grande questão está nos preços desses carros. O i8, por exemplo, é um superesportivo híbrido que conta com um 1.5 turbo de três cilindros e um elétrico de 131 cavalos e é vendido por cerca de R$ 800 mil.
Já o i3 é o único do Brasil totalmente elétrico e é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 7 segundos. A versão vendida por aqui fica na casa dos R$ 170 mil e a montadora alemã garante que a autonomia do veículo fica na casa dos 300 km.
Porsche Cayenne S E Hybrid
O SUV alemão de R$ 445 mil (preço do Brasil) na versão híbrida é o melhor da linha Cayenne. Fácil de ser dominado. Quando o olhar mira na economia, então, não há o que reclamar. É possível fazer uma média de 27 km/l. O E-Hybrid combina um V6 3.0 turbo de 333 cv com um elétrico de 95 cv. Os dois motores entregam unidos 416 cv e 60,2 mkgf. Em arrancada, vai de 0 aos 100 Km/h em seis segundos. A suspensão combina com o modo de escolha de condução: sport, eco ou conforto. E para carregar o jipão esportivo? O carro pode acompanhar um kit, minicentral de abastecimento de 7,2 KW, que permite a recarga ser de apenas 1h. Você pode plugar em uma tomada doméstica de 110V ou 220V. Aconteceram 56 emplacamentos do modelo entre janeiro e julho desse ano.