O mundo automotivo sempre atraiu os olhares e a vontade de experimentar dos apaixonados por velocidade. Com as motocicletas não é diferente. A empresária de 28 anos Akyare Thaygla é um exemplo daquelas pessoas que pilotam por paixão. “Ando de moto há 12 anos, mas profissionalmente desde 2013”, afirma.
Akyare pilota no dia a dia uma CBR 600 RR, modelo da Honda de 599 cilindradas. Já em competições, o modelo é outro. “Em eventos, a motocicleta que utilizo é uma CB 500 R, também da Honda, preparada para ficar mais leve e correr mais. As pedaleiras, o guidão e a carenagem foram trocados por um material que me permite correr sem tanto peso”, comenta.
Mas não foram sempre as motos de grandes cilindradas que chamaram a atenção da empresária. Antes de se aventurar no mundo da motovelocidade, Akyare trabalhava em uma concessionária Kawazaki. Com uma Ninja 250 que ela ganhou de presente do namorado, precisou aprender a pilotar novamente. “Precisei fazer um curso para conduzir motos de grande porte”, afirma.
A primeira vez em que Akyare participou de uma competição foi paixão à primeira acelerada. “Nunca tinha participado de nenhum evento de motovelocidade. Quando fui convidada recebi uma moto já preparada e cheguei em quarto lugar”. A piloto ainda destaca os cuidados sobre as duas rodas. “É preciso um equipamento especial para pilotar e eu não tinha um casaco que protegesse bem, então meu namorado comprou um para eu poder participar”, aponta.
Em relação à proteção sobre a moto, é importante destacar alguns equipamentos necessários e indispensáveis para garantir a segurança do piloto. O principal é o capacete que deve ser fechado, nada de utilizar capacetes abertos. A roupa deve proteger todo o corpo do motociclista, ou seja, camisas com mangas compridas e calças, além de um sapato fechado e luvas na hora de entrar na pista.
No dia a dia é comum observar motociclistas que preferem conduzir as motos sem nenhum tipo de calçado, porém existe perigo na prática. Na hora de um acidente o reflexo faz com ele apoie o pé no chão, ou na queda utilize a mão como amparo. Isso, dependendo da velocidade da motocicleta, pode, em casos mais graves, acarretar na perda do membro.
É importante, tanto para a segurança quanto para o conforto do piloto, conhecer o local onde irá correr. Porém, a empresária precisou enfrentar um desafio no autódromo de Interlagos em São Paulo. “Eu nunca tinha andado na pista, nem fiz nenhum preparatório antes. Mas me surpreendi com a minha melhora a cada volta. Durante a corrida larguei em oitavo e terminei em quinto lugar”, afirma.
O convite para correr em São Paulo foi feito pela SAF – Rio de Janeiro. “O empresário e dono da equipe Octavio Sereno foi o responsável por me levar até Interlagos, ele é um entusiasta do mundo dos motores e juntou algumas pessoas para correr no autódromo”, afirma Akyare. A empresária já tem data para voltar às pistas. “Minha próxima corrida será no dia 25 de junho”, conclui.