
A categoria dos subcompactos nasceu na Ásia e logo ganhou os grandes centros da Europa. São carros essencialmente urbanos, feitos para ocupar pouco espaço, consumir pouco combustível e poluir menos. O brasileiro ainda resiste a esse segmento. A Volkswagen teve que penar muito para fazer o pequeno up! decolar nas vendas. Era raro ver um nas ruas em seu primeiro ano de vida. O mesmo está acontecendo com a Fiat agora. Por ser um modelo de entrada, o Mobi deveria ser o mais vendido da marca no Brasil. Entretanto, em janeiro, o compacto foi o quarto mais vendido da montadora, perdendo até mesmo para a cara picape Toro. O Mobi tem um visual simples, sem extravagâncias, mas que é bem resolvido. Isso quer dizer que o desenho é uniforme: A dianteira “conversa” com a lateral, que “fala” o mesmo idioma da traseira. Quem vê o Mobi apenas por fora pode até imaginar que o modelo é excessivamente pequeno por dentro, mas não é. Pelo menos não para quatro passageiros.
Mas é na mecânica que o Mobi mostra toda sua racionalidade.
Mas é na mecânica que o Mobi mostra toda sua racionalidade.

Porém, toda essa “saúde” do Mobi na cidade não se repete na estrada. Levamos o carro até Natal (RN) e a impressão que ficou é que o pequeno tem “alergia” às rodovias. Mesmo sendo razoavelmente bom de curvas e de ter uma direção elétrica bem direta e sensível, o Mobi sofre de falta de fôlego na estrada. As ladeiras sempre vinham acompanhadas de uma redução de marcha e as retomadas também exigiam uma boa dose de paciência do motorista. O motor três cilindros sofre com a falta de potência em baixas rotações, isso explica as constantes reduções de marcha.
Como você leu no começo de nossa avaliação, o Mobi é um subcompacto urbano. Ele é feito andar na cidade; quase não tem porta-malas (210 litros) porque na cidade você não leva bagagens; e tem uma direção levíssima, o que ajuda na hora de estacionar. Ou seja: o Mobi sente-se muitíssimo bem nas ruas dos centros urbanos. E você também vai se sentir assim.