Após idas e vindas, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) revogou a lei que torna o uso de extintores nos veículos obrigatório, tornando-o facultativo em carros, caminhonetes e triciclos. A decisão dividiu opiniões, já que trata-se de um equipamento de segurança, assim como os airbags e os cintos, que salvam vidas. Com a decisão, consequentemente, a troca e a compra de extintores novos não vêm sendo feitas.
Lembrando que a medida foi tomada em setembro de 2015. Antes de sair no Diário Oficial, o não uso do extintor era considerado uma infração grave - desde 1970 -, o que rendia uma multa de R$127,69 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Quando revogou a lei, o órgão afirmou que os atuais veículos brasileiros contam com tecnologias que ajudam a evitar incêndio. E, segundo a Presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran/PE), Simíramis de Queiroz, a revogação ocorreu também pela pouca utilização do extintor por parte dos proprietários. “As autoridades de trânsito verificaram, em estudo, que estavam obrigando a presença de um item que não era usado e nem fabricado na quantidade respectiva a demanda”, justifica.
Vale ressaltar que outros tipos de veículo ainda são obrigados a rodarem com o equipamento para combater incêndios, como os caminhões, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus e veículos destinados ao transporte de substâncias químicas. O tipo recomendado para o uso é a versão ABC, que não pede conhecimento prévio para o uso, já que sua funcionalidade atende a todas possíveis estruturas inflamáveis. É importante saber que este tipo de extintor só serve para princípio de incêndio. Caso o fogo já esteja tomando proporções maiores, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo telefone 193.
Emergência
Estudos apontam que a maioria dos casos de incêndio dentro e fora de veículos está ligada a algum vazamento de combustível, batida no motor e/ou parte elétrica mal instalada. Nessas situações, é necessário que o condutor saiba usar o extintor ABC com certa agilidade. Antes, além de verificar se o monômetro aponta para carga cheia, é bom avaliar o selo do Inmetro, que autoriza o uso do produto, e a validade do mesmo. Depois, o condutor ou passageiro disposto a apagar o fogo deve retirar o equipamento, romper o lacre de segurança e apertar o gatilho para a transformação química acontecer nos pontos prejudicados. Após o uso, o descarte do extintor deve ser feito corretamente. É indicado que o equipamento seja levado a uma oficina de confiança, posto de gasolina ou pontos especializados na venda do produto.
Segurança
- Caso o motor esteja pegando fogo, não é indicado abrir o capô
totalmente, já que o contato da combustão com o oxigênio potencializa
o incêndio.
- É bom distinguir o tipo de fumaça. Se possível, verifique a cor e o
cheiro. Fumaça mais clara e sem cheiro pode indicar problema no
radiador, por exemplo.
- Antes da aplicação do extintor, para que o desempenho seja ainda
maior, vale colocar o equipamento na vertical.