A Fiat vem investindo em atualizações nos seus veículos. E, claro, não deixou passar o consagrado Uno Mille, que desde 2010 se chama Novo Uno e é recheado de mudanças a cada ano. O velho conhecido carro urbano sofreu um transplante de coração esse ano e trocou os antigos motores Fire 1.0 e 1.4 pelos Firefly 1.0 de três cilindros e 1.3, ambos da nova família de motores GSE (Global Small Engine) da FCA. Testamos a versão esportiva do modelo, que chegou ao mercado desde 2015 e é ideal para aqueles que procuraram um bom desempenho a um preço mais acessível.
O propulsor 1.3 do Uno é, a grosso modo, o mesmo 1.0 com um cilindro extra. Perdeu em cilindrada em relação ao antigo Fire 1.4, mas é melhor em tudo: suavidade de funcionamento, desempenho, economia e prazer de dirigir. No conjunto, o Uno recebeu ainda novo alternador mais eficiente, óleo mais fino, pneus de baixa resistência a rodagem e até melhorias aerodinâmicas sob a carroceria – tudo em nome da eficiência. Também trocou a direção hidráulica pela elétrica, que não rouba energia do motor, e abandonou de vez o tanquinho de gasolina da partida a frio.
A aceleração do novo esportivo impressiona. Tendo um peso de 400 kg, o carro vai de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos, sem gerar ruído de motor na cabine. A velocidade máxima chega aos 177 km/h. Esses números são resultados do propulsor 1.3 flex que rende 101 cavalos quando abastecido com gasolina e 109 cv com etanol. Além disso o Inmetro verificou que o consumo do modelo é de 8,2 km/l com etanol e 11,8 km/l com gasolina na cidade. Quando está rodando na estrada pode chegar a média de 10,4 km/l com etanol e até 15 km/l abastecido com gasolina.
O design também chama atenção. A roupagem que identifica a versão com um ar de esportivo agrega valor aos olhos de quem o vê. Isso acontece graças às rodas aro 15’’, para-choques com desenho mais agressivo e uma dupla saída de escape central na traseira. Os adesivos nas laterais podem soar exagero para alguns, mas remetem aos Uno R famosos nos anos 1980. As lanternas com acabamento fumê, grade dianteira na cor preta, faróis com máscara negras e de neblina também contam pontos para o visual.
Tecnologicamente falando, o modelo se destaca na sua categoria de hatches esportivos de entrada. Exemplo é o start/stop que acompanha o carro na lista de itens de série na versão esportiva, mas que pode ser desativado pelo condutor. O software não deixa o Uno estancar, sendo desnecessário fazer a ignição no motor após uma troca de marchas errada, por exemplo. Além disso, quando o carro está parado no trânsito e em ponto morto, o motor desliga, economizando combustível, sendo acionado apenas com um toque na embreagem e o engate da primeira marcha.
Outros itens de série do modelo são os airbags duplo, freios ABS com EBD, rodas de liga leve, volante com regulagem de altura, central multimidia com conexão USB e bluetooh , tomada de 12v, direção elétrica, computador de bordo que mede a distância para outro veículo, o consumo médio e instantâneo, autonomia, velocidade média e tempo de percurso, sendo comandado por teclas no volante e vidros elétricos dianteiros com one touch e antiesmagamento.
O Uno Sporting é a versão mais cara do modelo, custa a partir de R$ 49 mil, chegando a R$ 53 mil quando adicionados os diversos acessórios que o modelo carrega. O valor está na faixa de Volkswagen Up!, Renault Clio e New March.