O mercado de automóveis importados no Brasil superou as vendas em novembro em relação a outubro, mas ainda assim é considerado o segundo pior mês de 2016. Ao total, foram negociadas 32.516 unidades, resultando em 40,9% de queda, agravando a situação do mercado.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), as dezoito empresas filiadas comercializaram no último mês apenas 2.650 veículos importados, acumulado que representou alta de 0,4% em relação ao mês anterior, quando foram emplacados 2.639 automóveis. Em novembro do ano passado, foram vendidas 3.976 unidades. As marcas fecharam 2015 com 55.057 veículos licenciados.
Em novembro, o resultado poderia ter sido melhor: apesar do delicado momento em que o país se encontra, as cotas anuais da marcas já foram atingidas. Hoje, vender fora da cota proporcional ou do limite de 4.800 unidades por ano traz prejuízos.
Para o presidente da Abeifa, José Luiz Gandini, os pleitos pelo fim dos 30 pontos percentuais no IPI precisam ser atendidos. "Com o nosso pedido atendido, poderemos recuperar especificamente o setor de veículos importados. Mas, por ora, solicitamos ao menos a liberação das cotas não utilizadas por outras marcas", argumenta. A previsão para 2016 é encerrar com cerca de 35,5 mil unidades contra 59.975 veículos comercializados em 2015, com queda de 40,8%.
NACIONAIS
As empresas que têm produção local, entre as associadas à Abeifa, como BMW, Chery, Land Rover, Mini e Suzuki, fecharam o último mês com 1.138 unidades emplacadas, total que representou alta de 10,2% em relação a outubro. Comparando a novembro de 2015, permanece tendência de queda: 27,5%, quando foram emplacadas 1.569 unidades nacionais. Enquanto no acumulado do ano passado, as cinco associadas à Abeifa totalizaram 10.840 unidades emplacadas, queda de 71,8% ante as 38.499 unidades.