Autoridades do governo japonês suspenderam as vendas de oito modelos da Mitsubishi, entre eles versões de Pajero e Outlander, por causa de divergências nos números de economia de combustível informados pela marca. A diferença foi constatada em testes feitos pelo Ministério do Transporte. A avaliação do governo que levou a identificação da nova fraude se sucedeu por causa do antecedente da montadora. Em abril, a Mitsubishi admitiu ter manipulado testes de consumo de modo que os resultados refletissem dados melhores que os reais. Na época, a manobra só afetou quatro modelos de minicarros da marca.
Com a nova constatação, o consumo real de oito modelos é 4,2% maior, em média, do que o informado aos consumidores. O erro nos dados dos veículos japoneses chegou a 8,8% em determinado modelo, que não foi especificado pelo governo. As vendas dos veículos estão suspensas até que a Mitsubishi corrija as informações, o que deve levar algumas semanas, segundo o ministério. A lista completa dos automóveis envolvidos no escândalo ainda não foi divulgada.
Controle
Em abril, a Mitsubishi perdeu cerca de 40% de seu valor de mercado, ou US$ 3,2 bilhões em três dias. Com isto, a Nissan aproveitou a oportunidade e comprou 34% das ações da marca, tornando-se controladora da rival. No mês seguinte, a empresa anunciou a saída do então presidente, Tetsuro Aikawa, e do vice-presidente, Ryugo Nakao. Outra prejudicada foi a Volks, obrigada a pagar multa de R$ 50 mil ao Ibama no Brasil.
Números
- R$ 50 milhões foi a multa da Volks pelo Ibama brasileiro
- 2,1 milhões de unidades da Suzuki foram flagrados com fraudes
- US$ 280.000 foi a multa da Nissan pelo governo da Coreia do Sul
- Renault e Mercedes-Benz já foram investigadas por suspeita de descumprimento nas normas de emissões deCO2 e óxido de nitrogênio (NOx)