A partir de julho, a produção da montadora chinesa Chery serão suspensas. A medida prevê uma paralisação de até cinco meses. A motivação é a elevação no estoque e adequação da linha de produção para o início da montagem de um modelo SUV.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, cerca de 140 trabalhadores da fábrica de Jacareí (SP) terão licença remunerada pela empresa. Esse número representa 90% dos funcionários de produção, o restante atuará na manutenção e adequação da nova linha.
O diretor do sindicato dos metalúrgicos, Guirá Guimarães, comentou a dificuldade da montadora no Brasil, diferente da situação na China. “A gente tem acompanhando muito a crise da indústria. A situação da Chery se insere nisso. O setor tem sofrido muito, mas as empresas automobilísticas têm fôlego para garantir estabilidade no emprego”, afirma.
No último dia 20, os funcionários da montadora participaram de uma assembleia onde foram comunicados sobre as negociações para o layoff. Eles consentiram uma proposta para garantir os direitos e a estabilidade de emprego. O acordo trabalhista envolve um acordo com o estado, já que no processo, parte do salário é pago pelo governo e o resto é completado pela montadora. Por isso ele deve ser assinado e enviado ao Ministério do Trabalho, o que será realizado ainda nesta semana, segundo o sindicato. Se o mercado melhorar ou haja necessidade, os trabalhadores podem ser chamados antes do fim do prazo.
Em nota, a montadora chinesa confirmou a negociação, mas declara que só dará detalhes do acordo depois que a proposta for aprovada pelas partes.