Estado de Minas TESTE DRIVE

Sandero Expression é caro para proposta

Com propulsor de 1.6 litro, modelo tem proposta urbana e disposição no motor, mas peca na simplicidade e preço final


postado em 12/05/2016 16:59 / atualizado em 12/05/2016 17:05

Dirigir o Renault Sandero depois de acelerar as últimas novidades pode parecer desproporcional. Mas é esse hatch o modelo mais vendido da montadora francesa no Brasil e que hoje ocupa o oitavo lugar nacional nas vendas (4.998 unidades emplacadas em abril), na frente do Fox e do Fiat Palio, por exemplo. A última vez que o Sandero ganhou um banho de loja foi no final de 2014. De lá para cá, poucos detalhes foram incrementados, mas destacamos a tela multimídia (que não é de série). O carro custa a partir de R$ 43.100, mas testamos a versão intermediária Expression 1.6, que começa nos R$ 46.400 e, com os acessórios, saltou para R$ 47.700 – o kit Techno Pack que inclui o Media Nav e o sensor de estacionamento (entre outras cositas) custa R$ 1.300. Vale a pena? O kit, sim. Corresponde ao preço.

 

Central multimídia é um sopro de tecnologia nesta versão(foto: Leo Sposito / Renault / Divulgação)
Central multimídia é um sopro de tecnologia nesta versão (foto: Leo Sposito / Renault / Divulgação)
 

 

Com 320 litros de capacidade do porta-malas e 2,59 metros de entre-eixos, o Sandero é o modelo com maior espaço interno do segmento. Ou seja, a família que não pode comprar um carro maior será atendida com mais conforto. Por dentro, é verdade, a versão é espartana, mesmo nesta versão. Os bancos forrados em tecido são simples e o que salva é realmente o sistema multimídia com a tela touchscreen 7 polegadas Media Nav com conexão bluetooh.

 

Geração do Sandero nascida em 2014 deu linhas mais modernas ao visual romeno(foto: Rafael Martins / Esp. DP)
Geração do Sandero nascida em 2014 deu linhas mais modernas ao visual romeno (foto: Rafael Martins / Esp. DP)
 

 

Atrás, vidros não são elétricos, o que tratando-se de crianças a bordo significa transtorno. Senti falta do ajuste de altura no volante, mas em compensação o carro tem sensor de estacionamento traseiro.

O motor 1.6 de oito válvulas faz o feijão com arroz. São 106 cavalos com etanol e 98 cv com gasolina. Freios ABS e auxílio de frenagem de urgência ajudam nas reduções bruscas. Já a direção hidráulica poderia melhorar. É dura e dificulta as manobras. No painel, o indicador sugere troca de marchas. Nem precisou invadir a faixa vermelha do conta-giros. Deixei isso para Bruno Vasconcelos, meu colega de testes, que adora colocar o pé na estrada e acelerar (leia ao lado).

 

Laterna traseira é uma das mais bonitas do segmento e o porta-malas é generoso(foto: Rafael Martins / Esp DP)
Laterna traseira é uma das mais bonitas do segmento e o porta-malas é generoso (foto: Rafael Martins / Esp DP)
 

 

O câmbio é o manual. Gostei do Eco Scoring, já que tenho fama de capitã planeta, pelo menos pude economizar combustível. Fiz médias de 10,9 km/l na cidade. Um número bom para um motor 1.6.

O design do Sandero melhorou no último facelift, mas ainda é básicão e se mantém competitivo com os concorrentes Gol e March, até o novo Fiat Mobi. Calotas de 15 polegadas, maçanetas e retrovisor da cor da carroceria compõe o visual.

 

 

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