Testamos a Grand Cherokee

Antes mesmo de o segmento dos utilitários virar febre no Brasil, o que aconteceu em meados da primeira década deste século, alguns destes gigantes já eram muito admirados por aqui. Um exemplo disso é o Grand Cherokee. O utilitário da Jeep era sonho de consumo de muita gente e sempre estava na lista de carros dos sonhos da garotada, ao lado de ícones, como Camaro, Ferraris e BMW's.

 

 

 

Os utilitários se popularizaram com a chegada dos compactos e hoje dividem espaço nas ruas e nas garagens com sedãs e hatches. Mas, como quem é rei não perde a majestade, o Grand Cherokee ainda rende bons suspiros quando passeia pelas ruas. Foi o que constatamos ao passar alguns dias com a versão topo de linha, a Limited.

Imponente, o Grand Cherokee é um daqueles veículos que são reconhecidos ao primeiro olhar. Não dá para confundi-lo com qualquer um de seus concorrentes. A identidade Jeep é marcante. Se você pegar a foto de um Cherokee do início dos anos 90 e comparar com o modelo que testamos, notará que muitos traços continuam presentes, como a grade frontal dividida por quadrados.

 

 

 

Na última repaginada promovida pela Jeep há pouco mais de um ano, o Grand Cherokee ganhou atributos no design que deixaram o utilitário mais moderno, como uma moldura de LED nos faróis dianteiros. Os cromados emoldurando as entradas de ar também deram mais requinte ao desenho “quadradão” do modelo.

O interior do Grand Cherokee segue a mesma dinâmica do desenho externo: passa refinamento, mas sem "frescuras". É o luxo na medida certa, com muito conforto e tecnologia, mas sem aqueles mimos que você dificilmente usaria. A central multimídia e de fácil utilização e os comandos estão todos ao alcance do condutor.

 

 

 

Um dos destaques no quesito conforto é o banco do motorista com três níveis de memória. Você ajusta o assento e o volante (tudo eletronicamente) e, quando desligar o carro, eles recuam, dando mais espaço para você desembarcar e embarcar novamente. E quando a ignição for acionada, banco e volante voltam para a posição que você tinha ajustado na ultima vez. Esse é o tipo de tecnologia útil e que faz a diferença no uso diário de veículo. Uma falta grave está na ausência de um teto solar, item essencial em um utilitário nos dias de hoje.


Força e sutileza sob o capô

 O Grand Cherokee não seria um ícone entre os utilitários apenas por seu desenho quadrado e de poucas curvas. Sob o capô sempre teve um motor capaz de dar ao gigante de 2,1 toneladas um desempenho de esportivo. A versão que testamos era puxada pelo Pentastar 3,6 litros V6 de 286 cv de potência e 35,4 kgfm de torque. Tudo muito bem distribuído pelo moderno câmbio automático de oito velocidades. O trabalho dessa transmissão e impecável, permitindo que você tenha sutileza quando quer e força (muita força) quando precisar. Está tudo ali ao comando de seu pé direito. Quer acelerar de 0 a 100 km/h em 8 segundos? Basta acionar a função "Sport" que a transmissão fara o resto. Pise funde e veja um utilitário com agilidade de hatch esportivo. Prepare-se para abastecer o carro com frequência se esse for seu estilo de direção.

Outro destaque é o sistema que permite que você escolha quatro tipos de terreno (lama, areia, pedra e neve). A tração nas quatro rodas se adapta ao piso e permite que o utilitário vença qualquer obstáculo. Há ainda a função de marcha “reduzida”, que despeja toda a forca do motor no menor toque no acelerador. Entretanto, no dia a dia da cidade, basta deixar o sistema no modo automático e seu Grand Cherokee esta pronto para o asfalto.

Na sua casa por:
Grand Cherokee Limited (gasolina)
R$ 229.900