Dirija sem bagunça

Chega final de ano e para comemorar o réveillon muitas pessoas viajam para reunir a família e amigos. Antes de pegar a estrada, é imprescindível tomar os devidos cuidados com o carro. Desde a manutenção preventiva ao que vai transportar no veículo, tudo precisa ser observado. É nessas viagens que os donos constumam “testar” a capacidade do porta-malas.

 

Às vezes, no entanto, a quantidade de bolsas e objetos transportados é tanta que pode comprometer a segurança. O mais comum é o motorista colocar os objetos de qualquer jeito, sem a menor preocupação. Desse modo, o que vemos nas rodovias brasileiras são veículos trafegando abarrotados de sacolas, mochilas e malas por todos os lados. O vidro traseiro desaparece e muitos objetos ficam soltos. Um perigo. 

 

 

 

É o caso da funcionária pública Elisa Alencar, que costuma viajar cerca de 800km para visitar os familiares no Exu, Sertão pernambucano. “Amo presentear! E tenho que dar alguma 'lembrancinha' a todo mundo. Por isso, meu carro costuma ficar lotado de bagagens, porque levo muitos presentes”, conta a viajante, que não deixa de agradar seus parentes.

 

É importante saber que, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, obstruir a visão do retrovisor interno de veículos de passeio é uma infração grave (5 pontos na CNH) e a multa é de R$ 127,69. Além disso, o peso extra pode comprometer a suspensão do seu carro. 

 

Para a presidente do Conselho Estadual de Trânsito, Semíramis Queiroz, preocupar-se como as bagagens que estão sendo transportadas é muito mais uma questão de segurança do que de prevenção de gastos. “Antes um prejuízo financeiro a um problema mais sério. As pessoas costumam pensar mais em multa, por isso algumas ignoram. Mas, na verdade, é necessário se preocupar primeiramente com a segurança pessoal”, comenta. 

 

 

 

Elisa reconhece que seu costume é um equívoco, mas promete mudar de atitude. “Sei que estou errando, mas quero me educar em relação a isso. Vai ser uma difícil mudança, já que vou ter que reduzir meu hábito de presentear. Mas com esforço, eu consigo”, promete a funcionária pública.

 

Carregar objetos desnecessários acaba demandando mais tempo na organização, mas também compromete o bolso, já que consome mais combustível. Quem sabe em 2016, a sua bagagem seja mais fitness.