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Honda CR-V: Tem que respeitar

Em versão única, carro chega com mais tecnologia de série e preço mais salgado


postado em 14/09/2015 13:18

Frente ficou mais moderna, com farois de neblina retangulares e reforço nas lâmpadas de LED(foto: Caio Mattos/Divulgacao )
Frente ficou mais moderna, com farois de neblina retangulares e reforço nas lâmpadas de LED (foto: Caio Mattos/Divulgacao )


A Honda deu tiro certeiro ao lançar o HR-V. Superou expectativas de vendas, deixou para trás concorrentes, como o recém-chegado Jeep Renegade, angariou consumidores de outras marcas. Fez tudo certo. Mas tinha um problema. A versão top do HR-V encostava na versão de entrada do irmão CR-V, ao ser equipada e com cor metálica. Para reduzir a canibalização dentro da marca, a montadora apostou importar uma única versão desse modelo, a topo de linha EXL (antes eram duas).

Com a alta do dólar, o carro não tinha escapatória, precisou subir de preço e passou a custar R$ 134.900, cerca de R$ 19 mil a mais da mesma versão. Em contrapartida, a marca incrementou o utilitário com novas tecnologias de série, como sistema start-stop (que liga e desliga o carro no botão), abertura da porta por aproximação e ar-condicionado dual zone, além de investir positivamente no sistema multimídia e melhorar o acabamento interno.

Console central ficou mais espaçoso(foto: Honda/divulgação )
Console central ficou mais espaçoso (foto: Honda/divulgação )


A repaginada incluiu bem o visual. O CR-V deixou de ser o SUV do tiozão para agradar também jovens e mulheres. De frente, os farois de neblina ficaram mais retangulares, os LEDs reforçaram as lanternas na navegação diurna e o para-choque ficou mais moderno, com uma grade mais delicada. Gostei do friso cromado contornando a traseira. Deu um toque de esportividade.

Dirigimos
A acelerada foi rápida e incluiu o circuito urbano partindo da Imbiribeira, passando pela orla de Brasília Teimosa, onde fizemos os cliques para essa matéria. O silêncio interno é aconchegante e só foi interrompido porque falei o trajeto todo (coitado do copiloto). O motor 2.0 16V i-VTEC se comportou bem, mas senti falta de arrancadas mais rápidas, mesmo com 155 cv de potência a 6.300 rpm e torque de 19,5 kgf.m a 4.800 rpm, com etanol. Tudo dentro da proposta deste carro com vocação urbana, mesmo tendo tração 4x4 para os mais aventureiros.

Comparado ao modelo anterior, a diferença é grande principalmente no interior. Ficou mais refinado. O toque de sofisticação está no detalhe em tom de madeira no painel. O console central ganhou espaço e ficou maior. A manopla do câmbio automático de cinco marchas, que por sinal é ponto forte na dirigibilidade, encaixa perfeitamente na mão direita. O ar-condicionado dual zone e bancos de couro completam o pacote de conforto.

 

Esportividade é reforçada pelo friso traseiro, que ficou bonito(foto: Caio Mattos/Divulgacao)
Esportividade é reforçada pelo friso traseiro, que ficou bonito (foto: Caio Mattos/Divulgacao)
 

 

Multimídia
Os motoristas podem até não usufruir tanto das tecnologias dos automóveis, mas as montadoras continuam investindo. E vale a pena conhecer e se conectar ao carro. Na central do CR-V de 7", os comandos são touchscreen, com software moderno, dados de consumo e entrada HDMI (além das outras clássicas USB, iPod), que pode ser acoplado a computadores e tablets para reproduzir imagens na câmera de ré (não sei se será últil nesse aspecto...).

 Acho que arretado mesmo é o sistema de GPS integrado com as informações de trânsito via radiofrequência, uma espécie de Waze na tela do carro, só que sem precisar de 3G. A má notícia é que a Honda ainda está incluindo o Recife nessa operação e por enquanto essas informações só atualizam os veículos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.

Vale a pena?

Os consumidores Honda estão entre os mais fiéis à marca e no caso do CR-V, geralmente, eles trocam pelo mesmo modelo. O utilitário é importado do México e a cota de importação estabelecida para esse ano (de julho a dezembro) é de 2.500 unidades, o que será tarefa fácil para a Honda – em 2014 foram permitidos 6 mil nos 12 meses. O prazer ao dirigir e a confiança na marca são motivadores. Tem que respeitar.


Ficha técnica:
Motor 2.0 16V SOHC i-VTEC
Câmbio automático
Tração 4x4
150 cv a 6.300 rpm e 19,3 kgf.m a 4.700 rpm
Preço: R$ 134.900

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