O que pode proporcionar mais prazer a um aficionado por carros: as belas formas de uma carroceria ou a adrenalina de pisar fundo no acelerador e sentir as costas pressionadas contra o encosto do banco do motorista? O Audi TT Coupé 2015 satisfaz nos dois quesitos, já que além de ser muito bonito, anda pra caramba. É um autêntico esportivo, com suspensões mais duras e conjunto mecânico eficiente, mas traz ainda acabamento sofisticado e tecnologia que garante segurança e diversão. Pena que o preço é proibitivo para muitos.
Desde que foi lançado em 1998, o Audi TT vem aumentando sua legião de fãs e evoluindo. Agora ele chega à terceira geração com basicamente o mesmo comprimento, mas um pouco mais largo e com a distância entre-eixos maior. Ficou mais robusto, com os balanços dianteiro e traseiro mais curtos e centro de gravidade mais baixo. A frente ficou mais baixa, o que costuma ser problema em saídas de rampas.
Mas as mudanças de estilo feitas no Audi TT foram muito positivas. A esportividade ficou ainda mais evidenciada com a grade tipo bocão e faróis de LEDs afilados, de série nesta versão Ambition. As rodas de 19 polegadas formam um belo conjunto com a silhueta do cupê, que tem tampa do tanque de combustível igual às dos carros de competição e um spoiler na traseira que pode ser acionado por meio de uma tecla no painel ou automaticamente quando se atinge 120km/h. O Audi TT 2015 tem carroceria feita com cinco tipos de aço e três de alumínio, combinação que resultou em redução de 50 quilos no peso total do veículo em relação à geração anterior.
E se por fora as mudanças foram significativas, por dentro também chamam a atenção. O painel passou por uma faxina geral, ficando mais limpo e funcional, sem perder a sofisticação. Os comandos do ar-condicionado agora estão integrados às saídas de ventilação. O volante multifuncional tem desenho esportivo e por meio dele é possível acessar os comandos do computador de bordo, dos sistemas de áudio, telefonia e navegação. Tudo muito fácil de operar. Mas o grande barato está no painel de instrumentos, que com a tela do sistema MMI forma uma unidade digital central. O motorista vê ali todas as informações do carro, com a opção de ampliar o mapa do GPS e aumentar ou diminuir o tamanho do velocímetro e do conta-giros.
Os bancos dianteiros têm desenho esportivo e seguram bem o motorista e passageiro, mesmo em curvas mais estusiasmadas. Já o banco traseiro é do tipo "não cabe ninguém". Nem deveria estar lá. Em vez de ser um cupê 2+2, está mais para um 4-2. É carro pra curtir, não para levar a família para viajar. O porta-malas tem até tamanho razoável para um esportivo.
Acelerando
É um carro que pode até ser usado para um passeio mais tranquilo, mas é difícil conter a vontade de pisar fundo no acelerador e ouvir o agradável ruído do motor 2.0, principalmente quando o turbo entra em ação e as trocas de marchas do câmbio automatizado de dupla embreagem fazem o resto do serviço. Mas, se preferir, pode mudar as seis marchas nas aletas atrás do volante também. O carro acelera muito e rápido, pregando as costas do motorista no banco. Tem controle de estabilidade, que pode ser desligado, pra quem gosta de ter o carro mais na mão, e sistema auxiliar de partida em rampa, que segura o carro nas arrancadas em subidas.