Do imperceptível ao que carrega imagens. As opções de adesivos que envelopam o automóvel são muitas. O serviço chega a ser uma alternativa à pintura tradicional. Mas o bolso do motorista pode sofrer caso o procedimento seja feito da maneira errada.
De acordo com o diretor da Impacto Adesivos Guilherme Correia, a procura pelo serviço é muito grande e na maioria das vezes os clientes buscam a conservação do carro novo. “Muitas pessoas saem da concessionária e passam aqui para colocar o adesivo transparente que mantém o brilho, por exemplo”, afirma. Correia lembra que os carros que já estão com as pinturas desgastadas e os condutores desejam da uma rejuvenescida nela também fazem parte do público-alvo.
O dono da J1 Motos, Jaraitam Mouzim, tem uma Kawasaki Ninja ZX-10R de 1000 cc que originalmente tem a cor preta, mas depois do processo de adesivagem, é verde limão. “Sou fã de competições esportivas de motocicletas e decidi estilizar a moto para participar dos eventos. O valor da opção é bem melhor do que a pintura, isso chamou a minha atenção”, disse.
Porém, antes de dar um novo visual ao automóvel, o coordenador do Centro de Experimentação e Segurança Viária da MAPFRE, Gerson Burin, chama a atenção do consumidor sobre quais os tipos de envelopamento que existem. “Atualmente, os mais comuns são em vinil, a partir da aplicação de películas de PVC na lataria, e líquido, com uma tinta emborrachada, que seca e também vira uma espécie de adesivo facilmente removível”, comenta.
Na Impacto Adesivos, o serviço parte dos R$ 350 e chega a R.300, dependendo do material do adesivo escolhido pelo cliente e também do tamanho do veículo. Uma fiorino adesivada para empresas, por exemplo, tem um serviço no valor dos R$ 400. Já um carro hatch pode ser envelopado por R$ 800.
O coordenador do Centro de Segurança Viária lembra que quando optar por fazer algum tipo de envelopamento, é importante que o motorista escolha um local com boas referências e que use produtos com certificação e de procedência. “Todo cuidado é pouco. Produtos baratos podem ser difíceis de remover e danificar a pintura do automóvel, especialmente se for repintado em superfícies do veículo que já sofreram algum tipo de reparo na parte externa”.
Segundo o especialista, quando materiais inferiores são usados é comum que pedaços dos adesivos fiquem presos à lataria ou que ocorra a formação de bolhas de ar no adesivo. Nos dois casos, o envelopamento precisa ser removido com a aplicação de produtos químicos e solventes ou o uso de agulhas e as duas práticas podem danificar a pintura.
Em carros com muitas curvas na lataria ainda é comum o uso de sopradores térmicos, que ajudam a esquentar a película para facilitar a aplicação. No entanto, se ficarem muito quentes pode migrar para a pintura e manchá-la, tornando a remoção difícil.
Os tipos de adesivos são inúmeros. O diretor da Impacto Adesivos afirma que os principais são foscos, brilhosos, transparentes, com cores sólidas, protetores de tintura e os que carregam imagens. “O automóvel pode mudar completamente de cor, dependendo do tipo do adesivo. Prática adotada por muitos taxistas no Recife que compram um carro com uma cor e adesiva para branco”, completa. Mas Burin ressalta que ao mudar a cor do automóvel, o proprietário deve regularizar toda a documentação do bem junto ao Detran para evitar penalidades.
Onde fazer:
Impacto Adesivos
Onde: Rua Santa Edwiges 50, Bongi
Fone: 81 3226 5501
LF Designer Envelopamento
Onde: Rua Tomaz Gonzaga, 36, Madalena
Fone: 81 4141 5199
Signfix
Onde: Rua Conselheiro Portela 226, Espinheiro
Fone: 81 3241 4129