Se você pensa que rali é coisa só para gente experiente, está enganado. Saiba que existem categorias que abrangem todas as idades e sexos. Então, se você tem um carro com tração 4x4, gosta de adrenalina e está disposto a colocar seu carango para subir ladeiras, com muita terra e lama, está na hora de levar essa história a sério.
Como citamos acima, o único requisito para participar de um rali é ter um carro com tração 4x4, independente da marca e tamanho. E por que este tipo de tração é obrigatório? Por justamente ser preciso acioná-lo no trajeto. Há trechos com muita terra, pedras, subidas íngremes e, dependendo do dia, muita lama.
Uma das oportunidades para se acelerar é no Campeonato Pernambucano de Rally. A primeira etapa aconteceu no último final de semana e foi realizada entre as as cidades de Jaboatão dos Guararapes e São Lourenço da Mata. Thadeu Falcão, 60, diretor geral de prova e comissário esportivo, explica que, quem está começando e ainda não tem muita noção do que é um rali, não há com que se preocupar.
“Um dia antes da prova realizamos um briefing, que nada mais é do que um mini-curso onde são repassadas todas as informações da prova. É gratuito e serve para navegadores e pilotos terem noção do que cada um tem que fazer”, explica.
Thadeu explica que para ser piloto é preciso ter 18 anos. Já a idade mínima do navegador é de 16 anos. A dupla pode ser formada por homens, mulheres ou mista. Ainda há possibilidade de outras pessoas irem no banco de trás, que são os chamados “zequinhas”. Mas vale seguir a dica: quanto mais gente além de piloto e navegador, mais pesado fica o carro, o que pode atrapalhar na prova.
Categorias
São três no Rally PE: Ligth, Turismo e Graduados. Para quem está começando, o indicado é iniciar pela Light, onde o percurso são relativamente mais fáceis. Com o tempo e com mais experiência, a tendência é subir de categoria, até chegar entre os Graduados.
Logo na etapa inaugural do Rally PE, 57 carros foram inscritos nas três categorias. Entre os participantes, gente de todas as idades. E para quem acha que rali não é coisa para casal, está enganado. Entre os competidores, uma dupla de destacava: Helder Falcão, 28, e Alessandra Deboni, 25, correndo com um Troller.
“Sempre gostamos de esportes ligados à natureza e, em 2012, quando começamos a namorar, já começamos a correr juntos. E deu muito certo. Ganhamos várias medalhas juntos e começamos a investir mais no rali”, conta Alessandra. E como no dia a dia, claro que dentro do carro sempre rolam umas “DRs”. “O rali é uma válvula. Pegamos todas as brigas, mas fica tudo dentro do carro. Ela pega a planilha, bate no painel do carro. Grita. Mas quando termina, acaba tudo certo. Ainda mais se tiver pódio”, relata Helder.
O Vrum participou como coadjuvante da primeira etapa. Não competimos para valer. Mas, a bordo de um Troller, tivemos o gostinho de pilotar pelo mesmo trajeto dos competidores. Com a tração 4x4 ligada, subimos estradas que pareciam impossíveis. No primeiro trecho da prova, muita poeira. No segundo, não faltaram lama e água. Foi preciso muito braço e um pouco de habilidade ao volante para manter o carro na pista. Mas foi divertido e ficou a vontade de participar das próximas etapas.
Competição
O que é preciso para começar a competir?
1 - Ter um carro com tração 4x4, independente do modelo.
2 - Fazer o curso (que acontece um dia antes da prova e tem duração de no máximo três horas). É gratuito e serve para pilotos e navegadores terem noção do que é um rali e saber como entender a planilha de prova.
3 - Já na prova, velocidade não é tudo. Como se trata de um rali de regularidade, o que importa é cumprir o tempo e velocidade estabelecido na planilha.
4 - A idade mínima para ser piloto é de 18 anos. Já de navegador, 16 anos.
5 - O valor de inscrição na categoria Light é de R$ 200 por carro.
6 - A categoria Light é indicada para quem está começando.
7 - A segunda etapa do Rally PE é no dia 16 de abril, provavelmente na Mata Norte.