Nesta sexta-feira (4), a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), realizou uma coletiva em São Paulo. Em face a mais uma queda de vendas no mês de fevereiro a associação, que reúne as principais montadoras do país, anunciou que a indústria automobilística está funcionando com mais de 50% de ociosidade atualmente.
Segundo previsões da Anfavea, a produção de carros para esse ano será somente de 2,33 milhões de veículos. Uma disparidade se comparada a capacidade que o Brasil possui que segundo Luiz Moan, presidente da associação, seria de 4,63 milhões de automóveis e comerciais leves. O cenário fica ainda pior entre os veículos pesados, a ociosidade chega a 74%. Apenas 107,8 mil unidades serão feitas em contrapartida as 422 mil unidades que teriam capacidade para serem produzidas.
Mesmo com essa situação desfavorável no decorrer do ano acontecerão duas inaugurações de fábricas automotivas no Brasil, a Mercedes-Benz irá se estabelecer em Iracemápolis (SP) e a Land Rover terá uma filial em Itaiaia (RJ). Para o presidente da Anfavea esse cenário é uma consequência de governo. “A crise política segue comprometendo a economia ao reduzir a confiança, os investimentos e o mercado. Quando uma crise longa como essa acontece, seus efeitos são severos”.
Diante dos acontecimentos políticos ocorridos no final dessa semana, é impossível prever o que pode acontecer nos próximos dias no mercado de veículos. Mas, caso haja mudanças no comando do país os empresários expressam que o mercado irá responder de forma positiva. O que resta é esperar.