Estado de Minas

Veículos a combustão não poderão mais entrar em Fernando de Noronha a partir de 2022

Renault cedeu seis veículos elétricos e quatro carregadores de bateria para administração da ilha, que concedeu 130 autorizações ecológicas para a posse de veículos 'limpos'


postado em 12/06/2019 11:11 / atualizado em 14/06/2019 15:45

(foto: Renault/Divulgação)
(foto: Renault/Divulgação)

Os veículos movidos a combustão interna (carros, motos, ônibus e caminhões), que emitem dióxido de carbono, não poderão mais entrar no arquipélago de Fernando de Noronha a partir de 10 de agosto de 2022. Ainda de acordo com o Decreto-lei assinado pelo governador de Pernambuco, a partir de 2030 nem mesmo os veículos a combustão que já circulam pela ilha poderão permanecer, sendo tolerados apenas veículos como embarcações, aeronaves e tratores. A Renault aproveitou para firmar parceria com a administração da ilha, dentro do Projeto Noronha Carbono Zero, que estimula a circulação de carros não poluentes.


Assim, a marca francesa (que no Brasil prefere vender projetos romenos e indianos) cedeu em regime de comodato à administração local seis veículos elétricos – sendo três Zoe, dois Twizy e um Kangoo Z.E. – e quatro carregadores. A administração concedeu 130 autorizações ecológicas para a posse de veículos “limpos” na ilha, 100 para pessoas físicas e 30 para pessoas jurídicas. De olho nessa clientela, a Renault abriu a venda de carros elétricos para moradores de Fernando de Noronha com condições especiais de pagamento.

Renault Zoe(foto: Renault/Divulgação)
Renault Zoe (foto: Renault/Divulgação)

ZOE No caso do Brasil, o único modelo elétrico da Renault disponível ao grande público é o Zoe, por R$ 149.990. É o bastante para comprar um SUV médio, mas, ainda assim, é o elétrico mais barato disponível no país. Compacto e com acabamento simples, o modelo é vendido apenas em duas concessionárias da marca no país, uma em São Paulo e outra em Curitiba. Desde que começou a ser comercializado oficialmente no Brasil, há cerca de seis meses, foram vendidas 20 unidades do Zoe. O motor elétrico do carrinho fornece 92cv de potência e 22,4kgfm de torque. Sua autonomia é de 300 quilômetros e, com um bom sistema de recarga, é possível reaver 80% da capacidade da bateria em 1h38.

Renault Zoe(foto: Renault/Divulgação)
Renault Zoe (foto: Renault/Divulgação)

PROJETOS No Brasil a Renault vende veículos elétricos para empresas e projetos de mobilidade sustentável desde 2013, com os modelos Zoe, Twizy, Kangoo Z.E. e Fluence Z.E.. De acordo com a marca, são cerca de 20 clientes e parceiros nesses projetos, como Porto Seguro, Fedex, CPFL e Itaipu. Já existem mais de 200 veículos elétricos da Renault circulando no país. Em Fernando de Noronha, um Kangoo Z.E. da Celpe (Companhia Energética de Pernambuco) já roda desde 2015, abastecido exclusivamente por energia solar fotovoltaica, para estudos do desempenho operacional desta mobilidade em área de preservação ambiental.

Renault Kangoo Z.E.(foto: Renault/Divulgação)
Renault Kangoo Z.E. (foto: Renault/Divulgação)

Sobre os demais modelos cedidos em Fernando de Noronha, o Kangoo Z.E. é produzido na França, tendo vendido na Europa mais de 25 mil unidades desde seu lançamento, em 2011. O furgão elétrico tem 60cv de potência e autonomia de 270 quilômetros (pela norma NEDC), o que corresponde a algo entre 120 e 200 quilômetros (variando conforme a topografia, temperatura externa, vento, estilo de condução, etc) em uso real de ciclo de entregas. Já o Twizy é um subcompacto de dois lugares, sendo um banco atrás do outro, voltado para uso urbano. O motor elétrico do pequeno tem 17cv de potência e 5,8kgfm de torque, com velocidade máxima de 85km/h e a autonomia de até 100 quilômetros.

Renault Twizy(foto: Renault/Divulgação)
Renault Twizy (foto: Renault/Divulgação)

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