Estado de Minas DUAS RODAS

Itens essenciais para uma viagem longa de moto

Enfrentar diversos caminhos com uma motocicleta requer planejamento e experiência para dispensar imprevistos


postado em 23/07/2018 09:01 / atualizado em 23/07/2018 10:01

Tacio Ulisses já deu uma volta ao mundo tendo como aliada a prevenção. Foto Tacio Ulisses / Divulgação
Tacio Ulisses já deu uma volta ao mundo tendo como aliada a prevenção. Foto Tacio Ulisses / Divulgação
Os amantes das duas rodas possuem o desejo de se mostrar nas pistas. Quanto maior o desafio, melhor para eles. E para quem quer encarar a estrada por dias é preciso ter, além de um planejamento bem feito e com antecedência, uma boa experiência. Para os marujos, ou motociclistas no caso, de primeira viagem, vale pedir dicas e trocar figurinhas com quem já está na estrada há mais tempo.
 
Pensando nisso, e como informação nunca é demais, o DP Auto conversou com dois motociclistas experientes quando o assunto é passar dias no asfalto para conhecer outros lugares do Brasil e do mundo. Vale até uma volta em torno do globo sobre duas rodas.
 
Antes de mais nada vale lembrar que os Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) são essenciais e precisam estar em dia com a legislação e com a segurança do piloto. Capacete, casaco, luvas, botas e calça comprida em boas condições para evitar que um imprevisto, como um acidente pequeno se torne uma dor de cabeça maior.
 
Pegar a estrada sob duas rodas requer EPIs e experiência. Foto: Tacio Ulisses / Divulgação
Pegar a estrada sob duas rodas requer EPIs e experiência. Foto: Tacio Ulisses / Divulgação
A unanimidade prevalece quando a máxima “menos é mais” é colocada em evidência. “É preciso levar o mínimo possível. Três mudas de roupa é o suficiente para quem quer passar dias viajando”, aponta o artista Tacio Ulisses que já fez uma volta ao mundo e foi do Recife até o Alasca de motocicleta. As motocicletas utilizadas por ele nessas viagens foram uma Honda Africa Twin 1000 e uma Honda Goldwing 1200.

Esse ponto de vista é compartilhado pelo aposentado Francisco Siqueira que já foi para Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai em 2015 em uma Yamaha Ténéré 250, além de diversas viagens para Brasília em uma Yamaha Lander 250. “Além das mudas de roupa é interessante levar também um tênis e uma sandália extras. Mas é bom destacar que as necessidades para um homem variam em relação às mulheres”, aponta.
 
Também é de comum acordo que imprevistos acontecem e que é sempre bom estar prevenido para não ficar ao relento. “Mesmo que não esteja planejando acampar é importante levar uma barraca de camping ou um saco de dormir. Isso serve para uma emergência e não tenha um lugar para dormir disponível”, relata Tacio.
 
Se ater a doenças que podem surgir no caminho é capaz de fazer o diferencial para uma viagem tranquila. “Eu não levo um kit de emergência, mas eu sempre levo um remédio para febre, uma para dor de cabeça, um relaxante muscular e um antialérgico” revela o artista.
 
Eventualidades parecem o principal problema enfrentado pelos motociclistas em viagens longas. Siqueira também destaca a importância de se prevenir. “Caso precise dormir na barraca ao relento, é essencial ter uma boa lanterna em bom funcionamento”, aponta.
Mas não é só o motociclista que precisa de cuidados e equipamentos extra, a moto é provavelmente aquele que necessita de maior atenção. “Ela tem que estar devidamente revisada, isso inclui tração, freios, óleo, filtros e cabos”, ressalta Siqueira.
 
Na bagagem, para o veículo, é preciso levar o equipamento necessário para reparos emergenciais. “É importante ter um bom jogo de ferramentas. No meu caso, como já tenho uma certa experiência, eu tirei o conjunto original da minha motocicleta e levo um preparado especialmente para as viagens. São ferramentas para tirar as rodas e regular correntes”, explica Tacio.
 
O artista ainda tem um diferencial. “Eu levo também filtros de óleo e pastilhas de freio para poder trocar em cidades pequenas que podem não ter o equipamento necessário para a minha motocicleta”, finaliza.
 

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação