Não é uma prática tão agregada à realidade brasileira, mas as “dash cam” são tendências pelo mundo afora. São populares principalmente na terra de Vladimir Putin devido ao alto número de supostas vítimas que tentam forjar acidentes e atropelamentos para receber indenizações.
Mas o fato é que, nos últimos dias no Recife, a câmera ganhou notoriedade por gravar o momento em que um veículo foi roubado por dois assaltantes em uma das grandes vias da cidade. Trata-se de mais um item de segurança automotiva para os motoristas.
Foi graças ao dispositivo que a vítima, o empresário Carlos Eduardo
Balbinot, conseguiu identificar para a Polícia Militar do estado os dois meliantes protagonistas do episódio. Hoje eles estão detidos e para Balbinot, o item é mais do que necessário. “As webcam registram qualquer tipo de fato acontecido nas redondezas do veículo. Isso é extremamente útil tanto para coisas boas quanto ruins”, comenta.
De acordo com o advogado André Silva, o Código de Processo Penal Brasileiro é claro quanto à legalidade das filmagens dessas câmeras como provas legítimas em situações de investigações e até condenação. "É a mesma lógica que as câmeras de vigilância em estabelecimentos comerciais e em ônibus”, afirma.
Em Pernambuco são poucas as lojas que concentram as vendas das câmeras internas dos veículos, mas a procura é rápida e fácil de encontrar nos principais sites de compra da web. Uma das empresas que já está no mercado brasileiro há um certo tempo é a sul-coreana Thinkware. Localizada em São Paulo, a loja vende os itens para todo o Brasil. Os preços partem dos R$ 600 e chegam ao dobro desse valor. Nos equipamentos mais baratos são inclusos câmera frontal de 2 megapixel e memória de 16 GB, suficiente para cinco ou seis horas de gravação diária em HD. Já os modelos com valores mais elevados têm o dobro de memória, câmera traseira e GPS interno. À medida que a memória do aparelho se esgota, os novos vídeos vão substituindo os antigos.
O funcionamento da câmera é simples. Normalmente é instalada no para-brisa, perto do retrovisor central e está ligada à bateria do próprio veículo, sendo ativada assim que o motorista dá a partida. Mesmo se o automóvel estiver desligado, como na garagem do prédio ou do shopping, o aparelho pode ser acionado por impacto, o que pode correr no caso de uma colisão, por exemplo.