Estado de Minas MERCADO

Conheça alguns veículos que tiveram aumento de preços inexplicáveis

Ter mais equipamentos nas versões topo de linha pode resultar em preços que ultrapassam modelos de patamar superior e até de outros segmentos


postado em 04/08/2016 09:38

Que os brasileiros pagam mais caro pelos carros que dirigem se comparados com outros países pelo mundo isso não é novidade. O tal “custo Brasil” é capaz de transformar nossos automóveis de entrada em máquinas com valores equivalentes a de esportivos na Europa ou nos Estados Unidos, por exemplo. Se já não bastasse essa discrepância - que em parte é causada pela carga tributária - as montadoras agora estão indo além, criando versões topo de linha recheadas de equipamentos, mas com preço de modelos de patamares superiores. Só o mercado vai dizer se essa estratégia é uma boa solução para aumentar as vendas. Separamos alguns modelos que são exemplos desse novo cenário. Confira!

Strada Adventure

 

(foto: Adeildo Silva / Fiat / Divulgação)
(foto: Adeildo Silva / Fiat / Divulgação)
 

 

Líder há 14 anos no segmento de picapes pequenas, a Fiat Strada na linha 2016 tem uma das maiores disparidades de preço entre suas tantas versões. Enquanto o modelo de entrada parte dos R$ 44 mil, a topo Adventure cabine dupla pode passar dos R$ 70 mil se equipada com todos os itens disponíveis, como a terceira porta, extensor de caçamba e teto solar. O mais chocante é que o preço se aproxima da Toro, a nova sensação da Fiat, que
pertence a outra categoria
e é comercializada com
uma versão de entrada
de R$ 77.800.

Peugeot 208 GT

 

(foto: Pedro Bicudo / Divulgação)
(foto: Pedro Bicudo / Divulgação)
 

 

A Peugeot entrou na onda dos 3 cilindros com a linha 2017 reestilizada do 208. Mas tem uma diferença importante: a montadora francesa alimentou o leãozinho com um motor 1.2 litro de 90 cv de potência (etanol) e 84 cv com gasolina. Contudo, a nova versão pode partir dos  R$ 49 mil e chegar a incríveis R$ 80.290. Claro que, nesse caso, não se trata apenas de equipamentos de conforto ou design. Essa versão com preço de hatch médio é equipada com nada
menos que um motor THP de 173 cv de potência.

Palio Sporting

 

(foto: Fiat / Divulgação)
(foto: Fiat / Divulgação)
 

 

Depois de fechar 2014 como o carro mais vendido do Brasil, o Palio vem enfrentando uma lenta decadência. Hoje, é apenas o quinto colocado, mesmo somando-se as versões Palio Fire, com carroceria antiga. Uma das razões pode estar no preço alto demais para um modelo que há tempo não recebe atualizações. A versão Sporting tem valor inicial de R$ 53.410 e se for acrescentado câmbio automatizado, alarme, kit high tech, teto solar, airbags laterais, pintura metálica entre outros itens, o modelo chega a custar R$ 68.670.


Civic Touring

 

(foto: Honda / Divulgação)
(foto: Honda / Divulgação)
 

 

Quase R$ 40 mil! Essa é a “distância” entre o novo Civic de entrada, o Sport com motor 2.0 de 155 cv que parte de R$ 87.900, para o topo de linha Touring, puxado pelo novo propulsor da Honda, o 1.5 turbinado de 173 cv e que pode ser levado por assustadores R$ 124.900. Mesmo sendo recheado de tecnologia, o japonês agora vai ter que brigar com a turma premium.


Fiesta Ecoboost

 

(foto: Wanderley Affonso / Divulgação)
(foto: Wanderley Affonso / Divulgação)
 


O novo motor 1.0 Ecoboost que acompanha a linha 2017 do Fiesta acelera de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos. Mas essa potência talvez não seja suficiente para convencer alguém a gastar R$ 71.990 na versão topo, a Titanium Plus. Preço de R$ 2 mil a mais comparado ao Fiesta 1.6 de mesma potência. E o mais assustador:  com menos de
R$ 1 mil é possível levar para casa o Focus de entrada.


Kia Soul

 

(foto: Taciana Goes / DP)
(foto: Taciana Goes / DP)
 

 

A segunda geração do Soul tornou o modelo muito mais caro e fez suas vendas desabarem. Isso, porém, tem relação com as cotas determinadas pelo Inovar-Auto, que limitam a Kia a importar 4.800 veículos por ano sem os 30% de IPI. Dessa forma, o modelo é vendido com valor único
de R$ 93.900. Antes, era possível comprar na casa dos R$ 60 mil.

Honda City

 

(foto: Ricardo Hirae / Divulgação)
(foto: Ricardo Hirae / Divulgação)
 

 

A própria Honda explica que a versão topo de linha do City mira nas versões de entrada dos sedãs médios. O problema é que mesmo assim ele parece caro demais. Um Corolla GLi, por exemplo, tem preço de tabela quase R$ 10.000 abaixo do City EXL.  O preço do sedã da Honda na versão topo é de R$ 79.800. Aí fica a dúvida: levar um City mais caro ou gastar cerca de R$ 8 mil a mais no novíssimo Civic 2017?

 

 

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