Jorge Moraes
Enviado especial
Fuji (Japão) - O novo Prius é muito melhor comparado ao modelo anterior. Muito mesmo. No Japão, dirigimos no circuito de Fuji, o híbrido que é celebridade para as celebridades, principalmente nos Estados Unidos. Foram quatro voltas de 4,5 Km cada para dar as primeiras impressões do veículo que nascia para o mundo no final do mês de outubro. E o Vrum estava lá.
No cenário que serviu para disputas de grandes corridas da Fórmula 1, nos anos 1970, serviu de lembrança para os mais experientes fecharem os olhos para mergulhar no passado. Nesse momento peguei carona na história enquanto logo em seguida, por outro lado, procurei o Monte Fuji, escondido pela neblina, que fica em Sunto na região de Shizuoka. Cada curva do autódromo está gravada em minha memória. São 16 ao todo e nesse ponto serviu para aproveitar a leveza do veículo que ficou mais responsável, digamos, em relação ao condutor.
Antes que você me pergunte se o carro é prazeroso de dirigir, a resposta é a seguinte: o Prius 2016 é bom, urbano, certamente econômico e chegará no próximo semestre, o primeiro do ano, como estrela da Toyota. O estilo melhorou e a dirigibilidade se tornou seu forte, mesmo conduzindo o veículo com o volante do lado direito. A quarta geração do carro estreia a plataforma TNGA da montadora.
A bordo não faltam botões, tecnologia e simplicidade. O display de informações de 4,2 polegadas mostra o modo de uso do veículo, por exemplo, se a bateria está carregando ou não e você enquanto motorista, tem o dever de traduzir o que é esquerdo e direito. O condutor estrangeiro tem que pensar ao contrário.
O que é alavanca de seta vira limpador do para-brisa e click de ativação do farol e o posicionamento do botão de partida também muda de lado. Depois do costume fica divertido e basta acelerar para conquistar o conjunto mecânico e elétrico usando o lado esquerdo do cérebro.
Uma das características dessa plataforma é o centro de gravidade mais baixo e esse fato apresenta um Prius muito menos senhor e mais jovem, dinâmico com suspensão de duplo triângulo na traseira contra o velho e também "consagrado" eixo de torção. Sobra estabilidade nos contornos das curvas mais fechadas. O Prius entra firme e justo para o tamanho do motor nas retomadas.
Decole no modo elétrico e some os dois motores depois.
A cabine 20 cm mais baixa (mais para esporte) do carro é prazerosa, espaçosa e o modelo exportado para o Brasil irá perder esse painel com console bicolor de pouco gosto com destaque para o ponto H do motorista (campo de visão e conforto). A transmissão CVT de pouca emoção. O sistema E-Four usa um motor traseiro de alto arranque para dar mais firmeza ao carro. Quanto ao consumo nada foi informado.
Visualmente o Prius continua radical, porém suavizaram a dianteira que ficou elegante, charmosa. As lanternas traseiras verticais traduzem a particularidade do design que é do tipo gosto cada um tem o seu. A lateral está menos conservadora.
Tomara que o futuro novo Prius vendido no país venha com o sistema de segurança SST (Toyota Safety Sense) que alerta de mudança de faixa e detecta pedestres. O atual modelo no país, depois da isenção da cota de importação passou a custar R$ 117 mil.
FICHA TÉCNICA
Motor: 4 cilindros em linha 1.8, 16V, VVTi, híbrido
Cilindrada: 1.797 cm3
Motor elétrico: potência não divulgada (27 kW na geração anterior)
Bateria: íon de lítio ou hidreto de níquel
Combustível: gasolina e eletricidade
Potência: 98 cv a 5.200 rpm e 37 cv no motor elétrico (geração anterior)
Torque: 14,5 kgfm a 3.600 rpm
Câmbio: automático CVT (continuamente variável)
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson (d) e double wishbone (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,540 m (c), 1,760 m (l), 1,470 m (a)
Entre-eixos: 2,700 m
Pneus: 195/65 R15
Porta-malas: 502 litros
Jorge Moraes