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A nova Kawasaki Z H2 é a pelada mais potente da história da marca

Equipada com motor de quatro cilindros, dotado de compressor, a potência da naked Kawasaki Z H2 atinge 200cv, que são domados por um extenso pacote eletrônico


postado em 09/06/2020 18:11

Modelo tem sistema ABS cornering, que distribui a frenagem para permitir o contorno das curvas sem alargar a trajetória(foto: Kawasaki/Divulgação)
Modelo tem sistema ABS cornering, que distribui a frenagem para permitir o contorno das curvas sem alargar a trajetória (foto: Kawasaki/Divulgação)
 

As fábricas gastam vultosos recursos para desenvolver a aerodinâmica das motos esportivas em estudos, computação e túneis de vento, para fabricar carenagens e formas que ofereçam menos resistência ao ar, rendendo maior velocidade. Quando a moto fica pronta, desmancham tudo, retirando a “roupagem”, para apresentar a versão naked (pelada) do modelo. Foi o que aconteceu com a nova Kawasaki Z H2, que tem conjunto mecânico da H2, totalmente carenada, inclusive com asas, para prender a moto no chão, como um aerofólio, e não levantar voo em altas velocidades.


Curiosamente, a Z H2, passou a integrar a família “Z” (e não família H2), que já conta com o modelo Z 1000, com motor de quatro cilindros em linha e 142cv. A nova Z H2, entretanto, tem um compressor mecânico no motor de quatro cilindros em linha e 998cm³, que eleva a potência para 200cv a 11.000rpm e torque de 14kgfm a 8.500rpm, tornando-se a mais potente naked da história da marca. Outra curiosidade é que a grande tomada de ar para o compressor fica do lado esquerdo da moto, deixando o visual do lado direito assimétrico.

A tomada de ar fica do lado esquerdo, criando um visual assimétrico(foto: Kawasaki/Divulgação)
A tomada de ar fica do lado esquerdo, criando um visual assimétrico (foto: Kawasaki/Divulgação)

A eletrônica tem a função de controle de largada (foto: Kawasaki/Divulgação)
A eletrônica tem a função de controle de largada (foto: Kawasaki/Divulgação)

CANHÃO O efeito colateral positivo da falta de carenagens é que o peso foi reduzido. Enquanto a touring esportiva H2 SX, já comercializada no Brasil, pesa em ordem de marcha (já abastecida) 260kg, a Z H2, com mesmo conjunto mecânico, pesa 238kg. Porém, a Z 1000, igualmente comercializada no Brasil, apenas 221kg. A apresentação do modelo Z H2 foi durante o Salão de Tóquio, no Japão, que foi encerrado em novembro de 2019. Entretanto, a Kawasaki do Brasil, apesar da facilidade de já contar em sua linha com a “irmã” H2 SX e a “prima” Z 1000, ainda não confirmou sua presença aqui.

Lanterna traseira também é em LED e o escapamento conta com proteção(foto: Kawasaki/Divulgação)
Lanterna traseira também é em LED e o escapamento conta com proteção (foto: Kawasaki/Divulgação)

O destaque é o motor. O compressor (supercharger), ao contrário do turbo compressor, que aproveita os gases do escape para tocar uma turbina que, por sua vez, comprime a mistura, está ligado ao próprio motor, possibilitando a superalimentação e os 200cv de potência. Para domar a cavalaria, a eletrônica oferece um vasto leque de combinações. A central de medição inercial, IMU, percebe os movimentos de aceleração, inclinação lateral e longitudinal, além da desaceleração, e gerencia os sistemas auxiliares de pilotagem.
O conjunto óptico dianteiro tem formas agressivas e iluminação em LED(foto: Kawasaki/Divulgação)
O conjunto óptico dianteiro tem formas agressivas e iluminação em LED (foto: Kawasaki/Divulgação)

O painel tem tela em TFT colorida(foto: Kawasaki/Divulgação)
O painel tem tela em TFT colorida (foto: Kawasaki/Divulgação)

ELETRÔNICA O pacote conta com três modos de pilotagem, controle de freio motor, controle de tração em três níveis e sistema ABS cornering (ABS de curvas), que distribui a frenagem para permitir o contorno das curvas sem alargar a trajetória, além de um providencial controle de largada, que não deixa o piloto “para trás” nas arrancadas, dosando a potência. Para trocar as marchas, está equipada com o sistema quick shifter, que possibilita cambiar sem usar a embreagem e sem desacelerar, tanto aumentando as marchas quanto reduzindo.

Modelo tem três modos de pilotagem, controle de freio motor e controle de tração em três níveis(foto: Kawasaki/Divulgação)
Modelo tem três modos de pilotagem, controle de freio motor e controle de tração em três níveis (foto: Kawasaki/Divulgação)

Pode parecer estranho que um modelo naked ofereça tanta potência, que, contudo, não pode ser usada em sua plenitude, exatamente pela falta de carenagem. A eletrônica, porém, ameniza a entrega de potência. Tudo controlado pelo painel em tela TFT colorida, que pode ser conectado ao celular, possibilitando acesso aos aplicativos e navegação. O piloto automático também faz parte do pacote, que inclui ainda iluminação totalmente em LED e visual agressivo do bloco óptico dianteiro, separado de micro para-brisa.
O compressor do motor eleva a potência para 200cv(foto: Kawasaki/Divulgação)
O compressor do motor eleva a potência para 200cv (foto: Kawasaki/Divulgação)

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