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Honda CBR 650F tem o visual discretamente modificado e ainda recebe ajustes no mapeamento da injeção eletrônica

Com motor de quatro cilindros em linha e mais torque em baixa, modelo 2017 da Honda CBR 650F chega com novos grafismos e encara ruas e estradas com muita agilidade e conforto para o piloto


postado em 17/01/2017 15:25

(foto: Mario Villaescusa/Honda/Divulgação)
(foto: Mario Villaescusa/Honda/Divulgação)
 

A Honda CBR 650F de linhagem esportiva foi lançada no fim de 2014 e, de lá para cá, permaneceu praticamente sem alterações. O modelo 2017 conserva as mesmas características mecânicas, mas recebeu novos grafismos, desenvolvidos com exclusividade pela equipe de desenhistas nacionais, além de ajustes no mapeamento da injeção eletrônica, adoção de filtro de gases no tanque de combustível e catalizador mais atuante no escapamento, para reduzir ainda mais os níveis de emissões de poluentes e atender às exigências das normas ambientais.

 

Essas mesmas normas, entretanto, também foram responsáveis pela decretação do fim do badalado modelo naked Hornet 600, que tinha no Brasil o seu principal mercado mundial e sua versão esportiva carenada, CBR 600F, substituída exatamente pela CBR 650F. O pacote de mudanças, contudo, além da redução nas emissões, visou o nascimento de um modelo completamente novo, partindo do zero, com menor sofisticação de componentes e sistemas, para também reduzir custos de produção, com possíveis reflexos no preço final.

(foto: Mario Villaescusa/Honda/Divulgação)
(foto: Mario Villaescusa/Honda/Divulgação)

MUDANÇAS Embora seja um modelo totalmente novo e distinto, no qual nada foi aproveitado do antigo, portanto, não necessariamente um legítimo sucessor, as comparações são inevitáveis. O quadro, que era de alumínio, agora é de tubos de aço, gerando um peso a seco de 197kg. A suspensão dianteira invertida passou a ser telescópica convencional, e o motor de quatro cilindros em linha de 600cm³ e 102cv a 12.000rpm e torque de 6,5kgfm a 10.500rpm, foi para 650cm³, com 87cv a 11.000rpm e torque de 6,4kgfm a 8.000rpm.

 

(foto: Mario Villaescusa/Honda/Divulgação)
(foto: Mario Villaescusa/Honda/Divulgação)

O motor continua redondo como um relógio, porém o aumento na capacidade não foi traduzido em maior potência, que, aliás, ficou menor, perdendo agressividade. Por outro lado, o benéfico efeito colateral foi no torque, que embora ligeiramente menor, aparece muito mais cedo, permitindo uma pilotagem mais apropriada no trânsito, com retomadas mais vigorosas e sem tantas trocas de marchas, deixando o modelo mais versátil e confortável para encarar as cidades e também as estradas, com muita esportividade.

(foto: Mario Villaescusa/Honda/Divulgação)
(foto: Mario Villaescusa/Honda/Divulgação)

PILOTANDO A maior presença de torque em giros mais baixos deixa o motor mais esperto nas arrancadas, transmitindo uma boa sensação de força, sem necessidade de esticar tanto as marchas para ganhar velocidade. Depois, quando embala, fica mais dócil. A posição de pilotagem tem ergonomia mais esportiva, com semi-guidãos e o corpo mais inclinado para frente. Porém, não é tão radical, como nas esportivas puro sangue, permitindo uma condução mais relaxada também no trânsito, com nova regulagem no manete de embreagem, justificando novamente uma melhor entrega de torque.

 

(foto: Mario Villaescusa/Honda/Divulgação)
(foto: Mario Villaescusa/Honda/Divulgação)

As rodas, com aros de liga leve de 17 polegadas de diâmetro, aumentam a agilidade nas mudanças de direção. A suspensão dianteira tem 120mm de curso e a traseira, do tipo mono, em balança de alumínio curva como nas superesportivas, 128mm de curso. Ambas ajustáveis. Os freios, com sistema ABS, são precisos com duplo disco de 320mm na dianteira e 240mm na traseira. O painel digital tem duas telas e a iluminação é com LEDs. O visual tem escape de saída baixa, rebaixando as massas. Com três anos de garantia e assistência 24 horas, tem preço sugerido de R$ 38.800.

(foto: Mario Villaescusa/Honda/Divulgação)
(foto: Mario Villaescusa/Honda/Divulgação)
 

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