Estado de Minas

Volkswagen reduz 1 bilhão de euros em investimentos para 2016

Grupo alemão vai adiar desenvolvimento de novos carros e projeto de investimento em uma de suas joint ventures na China


postado em 20/11/2015 15:28 / atualizado em 20/11/2015 15:37

Stand da Volkswagen no Salão de Los Angeles(foto: AFP PHOTO / FREDERIC J. BROWN)
Stand da Volkswagen no Salão de Los Angeles (foto: AFP PHOTO / FREDERIC J. BROWN)
 

A Volkswagen, afetada pelo escândalo dos motores diesel fraudados, investirá 1 bilhão de euros a menos em 2016 com relação aos anos anteriores, anunciou nesta sexta-feira o presidente da fabricante de automóveis alemã, Matthias Müller.

"Para 2016, vamos investir 12 bilhões de euros no máximo. É cerca de 1 bilhão a menos que a média dos anos passados", agregou Müller numa coletiva de imprensa, após uma reunião do conselho de administração do grupo.

"Vamos examinar minuciosamente todos nossos investimentos e todos nossos gastos. Tudo o que não for imperativamente necessário será anulado ou adiado" afirmou.

O Centro de design de Wolfsburg (norte da Alemanha) em projeto "será construído um pouco mais tarde", enquanto o lançamento da próxima geração de carros Phaeton, em uma versão totalmente elétrica, também será adiado", afirmou Müller.

A Volkswagen confirmou nesta quinta-feira que adiou "por dois ou três anos", um grande projeto de investimento em uma de suas joint ventures na China. E o novo presidente, que assumiu o cargo após a renúncia de Martin Winterkorn, já anunciou que a gigante vai reavaliar seus 300 modelos em termos de sua rentabilidade.

"O que não vamos com certeza fazer é prejudicarmos nosso futuro", alertou Müller.A Volkswagen alocará 100 milhões de euros a mais do que o esperado para motores híbridos e elétricos, disse.

O gigante de 12 marcas, envolvido desde meados de setembro num retumbante escândalo de fraude às normas anti-poluição para os óxidos de nitrogênio de mais de 11 milhões de veículos a diesel, informou na última terça-feira sobre novas "irregularidades" sobre as emissões de dióxido de carbono (CO2) de 800.000 carros, um número ainda "provisório" de acordo com o fabricante, e que inclui, desta vez, ao menos 98.000 veículos a gasolina.

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