Estado de Minas COMBUSTÍVEL

Atenção ao abastecer

Caso suspeite da qualidade do combustível do posto em que abastece, você sabe como deve proceder? Fique atento às dicas do DP Auto


postado em 08/06/2017 18:07 / atualizado em 14/06/2017 16:14

Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco (Sefaz-PE), junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizou inspeções em 390 postos do estado(foto: Sefaz/divulgação)
Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco (Sefaz-PE), junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizou inspeções em 390 postos do estado (foto: Sefaz/divulgação)
Você costuma parar e observar o trabalho dos frentistas enquanto abastecem o seu carro? É bom começar a ficar de olho: a Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco (Sefaz-PE), junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), está finalizando, nesta semana, a força-tarefa Qualidade dos Combustíveis. A operação, que foi iniciada em 23 de maio, vistoriou 390 postos e revendedores da Região Metropolitana do Recife (RMR) e de outros municípios pernambucanos. Durante a ação, sete postos foram interditados parcialmente e outros 18, totalmente. Dentre as irregularidades, foram encontradas “bombas baixas” e combustíveis adulterados, além de fraudes fiscais. Você conhece essas práticas?
 
É possível que você já tenha percebido que ao abastecer o seu veículo com o valor que costuma, o ponteiro subiu menos do que o esperado. Colocou R$ 60, mas sentiu que só entrou R$ 55? Talvez você esteja sendo vítima de um golpe. Essa irregularidade é conhecida como “bomba baixa” e é mais comum do que imaginamos. Se desconfia que algum posto esteja realizando a prática, você pode pedir um teste de volume no local. Todos os postos são obrigados a ter um recipiente com escala volumétrica para comparar a quantidade jorrada com a depositada no balde. Cheque, é um direito seu.
 
Outra prática recorrente é a alteração na composição dos combustíveis, o que deixa o produto fora do padrão que deve ser entregue aos consumidores. Para a adulteração, é comum utilizarem solventes, como querosene, óleo diesel, água, aguarrás, álcool etílico, entre outros. Segundo a ANP, há um limite permitido para a utilização dos componentes. Em caso de dúvida sobre a qualidade, você pode pedir um teste de proveta que, assim como o de volume, também é realizado no local. Um dos componentes mais comuns utilizados é o álcool, que pode integrar até 27% do volume testado.

Consumidor tem direito a pedir testes de volume ou de qualidade, em caso de suspeita(foto: Peu Ricardo/DP)
Consumidor tem direito a pedir testes de volume ou de qualidade, em caso de suspeita (foto: Peu Ricardo/DP)

 
Se você desconfia da qualidade do combustível, não deixe de pedir a aferição, pois você corre o risco de ficar com o veículo quebrado no meio da rua. O Gerente de pós venda da Fiat Italiana Carlos Alberto Monteiro alerta que o uso da gasolina adulterada pode trazer muitos danos. “Os primeiros componentes que sofrem são os bicos injetores, a bomba de combustível, o tanque e as tubulações. Com o tempo, pode acontecer até perda da potência”, explica.
 
Por precaução, procure abastecer em postos de combustíveis de confiança. Para diretor geral de Operações Estratégicas da Sefaz Cristiano Dias a melhor saída para o consumidor é recorrer aos seus direitos. “Se o consumidor desconfiar de algo, ele deve pedir um teste. Se não resolver, ele deve denunciar. É importante também não deixar de pedir o cupom fiscal”, alerta.
 
A força-tarefa Qualidade dos Combustíveis também realizou auditorias nas áreas administrativas dos postos, resultando em dez interdições, sendo três totais e sete parciais.
 
Para denunciar postos com qualidade de combustível duvidosa, entre em contato com a Sefaz-PE através do número 0800 285 1244 ou do e-mail ouvidoria@sefaz.pe.gov.br. Também é possível recorrer a ANP pelo 0800 9700267 ou no site www.anp.gov.br/wwwanp/fale-conosco.
 

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