Estado de Minas TEST DRIVE

Track é a atração da linha gol

Testamos a opção aventureira do Hatch. Volkswagen deixa a desejar em poucas das fundamentais questões esportivas da versão


postado em 27/04/2017 11:10

Modelo conta com propulsor 1.0 que produz apenas 76 cv, sendo indisposto no desempenho na estrada(foto: Debora Eloy/Esp. DP)
Modelo conta com propulsor 1.0 que produz apenas 76 cv, sendo indisposto no desempenho na estrada (foto: Debora Eloy/Esp. DP)
Sempre é digno de respeito quem se destaca em alguma coisa por mais de meia década. E é nessa situação que o compacto Gol se encaixa. A Volkswagen acertou quando produziu pela primeira vez o queridinho do brasileiro em 1980 e até hoje atualiza e muda o hatch. Testamos, inclusive, a versão “aventureira light” do modelo, entitulada de Track, e as impressões são peculiares.

Para o meio urbano, o propulsor 1.0 com três cilindros de cinco velocidades de 78 cv, que a opção carrega, satisfaz. Silencioso e prático na hora das mudanças de marchas, o carro é ideal para aqueles que o utilizam para o dia a dia. E essa é uma contradição, já que a opção também foi produzida para ter destaque na estrada. O desempenho do Track poderia ser um pouco melhor. O motorista tem que lidar com uma direção hidráulica e não o conjunto elétrico disponível no Up! São necessários quase treze segundos para o veículo ir de 0 a 100 km/h. Não pode ter pressa.

Contudo, nem só de velocidade se produz uma boa performance. O desempenho do veículo em terrenos irregulares tem um bom destaque. A suspensão um pouco mais elevada em relação à opção convencional e os pneus de uso misto facilitam a condução e compensam para quem passa com frequência por estradas de terra. Mesmo com a irregularidade do terreno é possível manter o rumo do carro em velocidades mais altas para este tipo de piso.

Visual agrada e valor de comercialização também. O veículo é um dos mais em conta do mercado atual(foto: Debora Eloy/Esp. DP)
Visual agrada e valor de comercialização também. O veículo é um dos mais em conta do mercado atual (foto: Debora Eloy/Esp. DP)
O design do carro também agrada. A cor vermelha exclusiva, a grade frontal e o para-choque dão ao modelo um ar de estilizado e moderno. As dimensões do carro também agradam, nem tão pequeno e nem tão grande. São quase 4 metros de comprimento e 2,5 metros de largura, pesando sempre, independente da marcha, menos de uma tonelada. Tudo em cima rodas de liga leve de aro 15”.

Internamente existe um conforto sutil. O teto e as colunas têm forração cinza escuro e os bancos e os painéis das portas são revestidos com tecido de material reciclado. Na parte tecnológica o carro vem de série com computador de bordo que auxilia o motorista dando informações sobre desempenho, velocidade média e consumo. O pacote tecnológico opcional deixa o carro pronto para disputar nos segmento de hatches médios. Central multimídia com conexão Bluetooth e USB, regulagem automática dos retrovisores quando a ré está engatada e até sensor de ré estão inclusos.

Contudo, para obter o veículo tem que dispor de um valor que parte dos R$ 46 mil. Preço nada mal em relação a concorrência. Exemplo disso é que o Renault Sandero Stepway também parte dos R$ 46 mil e chega a R$ 50 mil.
 

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