Estado de Minas TEST DRIVE

Simplicidade e luxo na versão Elite do Cobalt

Versão Elite do sedã Cobalt é um bom exemplo da evolução da Chevrolet no mercado nacional nos últimos anos


postado em 10/04/2017 10:24 / atualizado em 10/04/2017 10:28

Não precisa voltar muito no tempo - cerca de cinco ou seis anos - para lembrar quando os carros mais vendidos da Chevrolet no país eram Celta e Classic. Os dois modelos que pecavam pelo excesso de simplicidade e plataformas que datavam os anos 1990. O início da revolução da marca da gravata dourada se deu com o lançamento do Onix, há quatro anos, e se seguiu com a reformulação completa de outros modelos, como Prisma, Cruze e o Cobalt. O resultado dessa mudança de rumos na Chevrolet lhe rendeu a liderança no mercado nacional em 2016 e ainda o lugar mais alto do pódio no ranking dos automóveis mais vendidos, com o Onix.

A Chevrolet não economizou no uso de molduras cromadas na dianteira do Cobalt Elite, mas tudo na medida certa, sem exageros(foto: Bruno Vasconcelos/DP)
A Chevrolet não economizou no uso de molduras cromadas na dianteira do Cobalt Elite, mas tudo na medida certa, sem exageros (foto: Bruno Vasconcelos/DP)
O carro que testamos nessa semana, o Cobalt, é um exemplo nítido da evolução da Chevrolet no Brasil. O sedã médio/compacto da GM subiu e muito de patamar com a chegada da nova geração no ano passado. Aquele jeitão de táxi quadrado deu lugar a curvas e vincos modernos e com cromados na medida certa. Se comparado com seus concorrentes diretos, Nissan Versa, HB20S, Grand Siena e Honda City, o Cobalt deixou de ser o mais feio da turma para se tornar um dos mais belos. Quem diria.

O interior também acompanhou as mudanças externas, principalmente na versão Elite (topo de linha) que testamos. O couro marrom que reveste os bancos e parte do forro das portas dá ar de luxo ao sedã médio/compacto. Entre os itens de tecnologia, destaque para a central multimídia MyLink, uma das melhores e mais fáceis de usar do mercado nacional.

Apesar de sóbria, a traseira do novo Cobalt evoluiu bastante e %u201Cfala%u201D a mesma língua do desenho da dianteira(foto: Bruno Vasconcelos/DP)
Apesar de sóbria, a traseira do novo Cobalt evoluiu bastante e %u201Cfala%u201D a mesma língua do desenho da dianteira (foto: Bruno Vasconcelos/DP)
Testamos o Cobalt na cidade e na estrada. Poucas vezes podemos dizer que um carro que não seja premium (abaixo dos R$ 100 mil) é tão bom nos dois tipos de situação. O velho conhecido motor 1.8 de 111 cv de potência casa perfeitamente com o câmbio automático de seis velocidades e, juntos, garantem um rodar macio na cidade e eficiente na estrada.

As trocas de marcha do Cobalt são suaves e feitas em baixa rotação.  Na estrada, a transmissão se torna ainda mais sensível e consegue ler muito bem as necessidades do motor. Você não precisa ficar “chutando” o acelerador para que o câmbio entenda que é hora de reduzir. É fácil fazer ultrapassagens com o sedã porque as retomadas são bem ágeis. Outro benefício gerado pelo conjunto mecânico é o baixo consumo de combustível.
 
Como está sempre em baixas rotações (mérito das seis marchas) o sedã de 1.129 kg tem consumo de hatch compacto. Na cidade fizemos uma média de 11,9 km/l, enquanto na estrada, sempre com gasolina e ar-condicionado ligado, o Cobalt fez 13,6 km/l. Bons números para um sedã familiar. O que não é bom é o preço: o Cobalt parte de R$ 63 mil, mas a versão Elite sai por salgados R$ 69.990.

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