O ano de 2016 não foi lá dos melhores para o setor automotivo. Tanto no Brasil quanto no mundo. Houve alguns erros e o número de vendas de veículos novos ainda não ganhou aquele fôlego que todos estavam esperando. Mas nem só de tristeza viveu o setor. Vários salões esquentaram os motores, como o de São Paulo, que apontou para um futuro repleto de SUVs, e o de Paris, com elétricos e híbridos em destaque. Vale reforçar o avanço na tecnologia de autônomos rodando pelo o mundo. Vai ter no Brasil? Em breve.
O número de carros fabricados por aqui sofreu uma queda preocupante, inclusive algumas montadoras precisaram parar a produção para normalizar o estoque por causa da queda nas vendas. Como é o caso da Chery, que teve sua fabricação suspensa por cinco meses, mas que deve retomar o ritmo com foco nos utilitários em 2017.
Segundo a Anfavea, a produção de 2016 ficará 10% abaixo do previsto, que era de 5,5%. Mas a chegada de novos modelos é uma prova de que as montadoras ainda apostam no país. Entre as novidades de 2016, Fiat Mobi e Toro, Renault Kwid e Captur, Honda WR-V e Suzuki Vitara. Porém, os maiores destaques no Brasil foram o Nissan Kicks, que estreou junto com a Olimpíada no Rio, e o Jeep Compass, apresentado mundialmente em Pernambuco.
Um crescimento significativo nos downloads de aplicativos que ajudam na hora de pegar a estrada foi registrado. Waze e Google Maps são os principais programas utilizados no Brasil, capazes de alertar aos motoristas sobre acidentes e blitze nas vias.
Ainda sobre tecnologia, 2016 também foi o ano de compartilhar veículos. Apps começaram a ganhar força e o Uber, por exemplo, conta com mais de quatro milhões de usuários, que já tem concorrente, o Cabify. Mas além desses, existem diversos apps de carona que estão crescendo timidamente, utilizado por nichos específicos, como Bigu, Blablacar e Bynd.
Para utilizar esses recursos é preciso ter mais atenção. Para reforçar os cuidados dessa relação tecnologia e direção, o Denatran colocou mais pressão e tornou as multas para quem infringir as leis de trânsito mais rígidas. Agora, utilizar celular enquanto dirige passou a ser multa gravíssima e custa R$ 300 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Para não ficar sem a praticidade dos apps, a presidente do Conselho Estadual de Trânsito, Simíramis Queiroz, dá uma dica. “Agora, a única forma permitida por lei para a utilização do celular dentro do veículo é se ele for usado como navegador, estando preso no suporte e com o caminho programado pelo motorista antes dele começar a dirigir”, orienta.
A segurança dos motoristas não é algo exclusivo dos órgãos de trânsito brasileiros. Mas um fato que também preocupa tanto montadoras quanto os próprios motoristas e passageiros, por isso o caso Takata, fornecedora de airbag para as principais montadoras do mundo, teve uma repercussão tão grande. Foram milhões de veículos afetados pelo recall e cerca de 10 mortes nos Estados Unidos. O chamado incluiu modelos vendidos no Brasil, que também precisaram trocar os airbags.