Estado de Minas ECONOMIA

Descubra a melhor forma de financiar o seu carro

Opções para adquirir um veículo são muitas. Entenda quais são e como funcionam as principais modalidades de compras parceladas de automóveis


postado em 21/07/2016 09:57 / atualizado em 22/07/2016 15:14

É o sonho de muitas pessoas ter um carro novo ou até mesmo um seminovo na garagem. Mas a falta do dinheiro para pagamento à vista - já que se trata de um bem muito caro - faz com que a maioria dos brasileiros opte pelo financiamento automotivo, que permite ao consumidor adquirir o veículo e ficar pagando em prestações a perder de vista. É possível dar uma entrada para amortecer o valor a ser financiado ou então parcelar o valor total. Essa modalidade de compra pode ser feita em diferentes bancos privados ou públicos. Mas para saber qual é a melhor opção e como realizá-la, é preciso entender bem como funciona todo o processo. Para isso, separamos e e destrinchamos alguns dos principais tipos de financiamentos. Entenda!

 

É importante, segundo especialistas, conseguir pagar as parcelas em dia e ter um bom planejamento financeiro(foto: Malu Cavalcanti / Esp. DP)
É importante, segundo especialistas, conseguir pagar as parcelas em dia e ter um bom planejamento financeiro (foto: Malu Cavalcanti / Esp. DP)
 

 

Financiamento CDC
Pelo Crédito Direto ao Consumidor, ou só CDC, a pessoa realiza um empréstimo em um banco para comprar o carro. O veículo fica de posse do comprador, mas não pode ser negociado, está alienado ao banco, até que sejam pagas todas as prestações. O consumidor pode fazer o contato diretamente com o banco, sem intermediação da loja vendedora do automóvel. Dessa forma, pode negociar as taxas de juros que serão pagas. Elas são fixadas no início do contrato e não sofrem alterações durante o pagamento das prestações. Para o enfermeiro Michel Melo, poder adiantar as parcelas do financiamento com descontos também é um ponto positivo no CDC. “Qualquer dinheiro extra que eu recebo, pago a última parcela, isso me deixa animado porque sei que posso encurtar o prazo para quitar meu veículo”, afirma. Melo completa que é preciso estar ciente da importância de pagar as parcelas em dia e que um planejamento financeiro é essencial antes de assinar qualquer contrato.

Leasing
Nessa opção, quem compra o carro é a chamada empresa de leasing, ou um banco que trabalha com este tipo de serviço, que aluga o veículo ao consumidor. Assim, o cliente paga pelo aluguel do carro, que fica no nome da empresa até o término das prestações, e só depois que não houver mais nenhuma prestação pendente, o consumidor passa a ser o dono do carro. O contato com esses bancos também pode ser feito sem intermediação da concessionária. O leasing é, em grande parte, utilizado para compra de veículos zero quilômetro. As vantagens do sistema, de acordo com o consultor de vendas de veículos Gustavo Araújo são menores taxas de juros e isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No entanto, a atenção especial deve ficar para o contrato. “Algumas cláusulas são de difícil entendimento e, portanto, a análise do documento e o esclarecimento de todas as dúvidas são pontos cruciais na hora de aderir ao sistema. O consumidor deve sempre exigir uma cópia do documento para si”, completa Araújo.

 

O enfermeiro avalia que poder adiantar as parcelas do financiamento com algum dinheiro extra que for recebido é algo positivo no negócio(foto: Karina Morais/Esp.DP)
O enfermeiro avalia que poder adiantar as parcelas do financiamento com algum dinheiro extra que for recebido é algo positivo no negócio (foto: Karina Morais/Esp.DP)
 

 

Consórcio
Aqui o consumidor faz parte de um grupo formado por outros compradores, organizado por uma administradora de consórcio. O cliente paga as prestações, mas só recebe o veículo quando é sorteado - uma vez por mês é contemplada uma pessoa. Além do sorteio, há a possibilidade de o consorciado oferecer um lance, que é um adiantamento de parcelas a vencer. Nesse caso, o integrante do grupo que ofereceu o maior valor será o vencedor do lance. Nesta situação, diferentemente do CDC e do leasing, as prestações sofrem alterações ao longo do pagamento, de acordo com a variação do preço do automóvel que será adquirido. Os contratos de consórcio podem ser de até 84 meses. O pagamento das parcelas é feito através de boletos recebidos na residência de cada integrante do grupo.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, Paulo Rossi, os boletos são uma das formas do cliente acompanhar como anda o seu negócio. “O boleto precisa ter todas as informações sobre o consórcio, como a quantidade de consorciados que foram sorteados no último mês”, explica. Rossi lembra que independentemente de ser sorteado no começo do consórcio, o motorista deve continuar pagando até que todos do seu grupo recebam o carro.

Financiamento Balão
Uma entrada menor, prestações mais baixas do que em um financiamento CDC e uma só parcela alta no final. É isso que os planos balão oferecem. O modelo chegou ao Brasil há cerca de dois anos, principalmente com empresas de modelos premium, como BMW, Mercedes-Benz e Audi, e agora começa a ganhar mais espaço com a adesão de mais empresas. Na prática, esse tipo de financiamento, bem comum nos EUA, prevê uma entrada de, no máximo, 50%, variando muito por empresa, parcelamento em 24 ou 36 meses e uma parcela balão ao final de 30% a 50% do total, normalmente. A ideia de deixar um grande valor para ser quitado no fim pode assustar, mas a proposta das empresas é que ela seja paga com a venda do próprio carro, seja na concessionária ou para terceiros. Para o superintendente de marketing da Volkswagen Financial Services, empresa que relançou o plano balão este ano, Alessandro Lora Ronco, a diferença entre o valor do usado e a dívida seria então usada para começar um novo financiamento. “O cliente não vai precisar de R$ 12 mil para quitar a parcela, ele vai usar seu veículo para saldar a dívida e entrar no ciclo novamente”, explica. O financiamento balão, portanto, funciona melhor para quem quer trocar de carro a cada dois ou três anos. Apesar de parecido com o leasing, no caso do balão o carro fica no nome do comprador, ainda que alienado ao banco.

 

 

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